domingo, 30 de novembro de 2008

Imaginando o Matrix no mundo da PERCA

Os equívocos da PERCA

Porque quando menos se espera...






sábado, 29 de novembro de 2008

O Mood da PERCA

"Sorri um pouco, sorri. Na perene juventude do teu imaginar. Flor aérea que para sempre te ficou. Lembra devagar o teu sorriso de outrora no teu deslumbramento. E sê feliz." - V.F.


In Memoriam - Fernando Pessoa

Deixo mais um poema da Mensagem - O Quinto Império.

"Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!

Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz -
Ter por vida a sepultura.

Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!

E assim, passados os quatro
Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.

Grécia, Roma, Cristandade,
Europa - os quatro se vão
Para onde vai toda a idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?"

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A era das máquinas

Num Universo onde as máquinas
são o futuro previsível e viável,
uma criança reza a um Deus ausente
e negoceia a possibilidade de converter
o seu coração vermelho num processador
que não recorde a maldade dos homens.

A criança cresce, designa o seu exército,
arrasa nações e cidades.
Não lembra a maldade dos homens.
Também não sabe o que é o amor.
Nem lhe importa.
A nova era inicia-se Agora.

Poesia da PERCA - Nuno Júdice

Em que pensar, agora, senão em ti? Tu, que
me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a
manhã da minha noite. É verdade que te podia
Dizer “ Como é mais fácil deixar que as coisas
não mudem, sermos o que sempre fomos, mudarmos
apenas dentro de nós próprios?” Mas ensinaste-me
a sermos dois; e a ser contigo aquilo que sou,
até sermos um apenas no amor que nos une,
contra a solidão que nos divide. Mas é isto o amor,
ver-te mesmo quando te não vejo, ouvir a tua
voz que abre as fontes de todos os rios, mesmo
ele que mal corria quando por ele passámos,
subindo a margem em que descobri o sentido
de irmos contra o tempo, para ganhar o tempo
que o tempo nos rouba. Como gosto, meu amor,
de chegar antes de ti para te ver chegar: com
a surpresa dos teus cabelos, e o teu rosto de água
fresca que eu bebo, com esta sede que não passa. Tu:
a primavera luminosa da minha expectativa,
a mais certa certeza de que gosto de ti, como
gostas de mim, até ao fim do mundo que me deste.


Nuno Júdice
In -Pedro Lembrando Inês

As Escolhas da PERCA - Placebo

Mais uma recomendação da PERCA...





In Memoriam - Antero de Quental

Embora seja um autor que eu não conheça particularmente bem, recordo-me de há uns anos atrás ter lido este poema e ter ficado particularmente impressionada...

Mors Liberatrix

"Na tua mão, sombrio cavaleiro,
Cavaleiro vestido de armas pretas,
Brilha uma espada feita de cometas,
Que rasga a escuridão como um luzeiro.

Caminhas no teu curso aventureiro,
Todo envolto na noite que projectas...
Só o gládio de luz com fulvas betas
Emerge do sinistro nevoeiro.
— «Se esta espada que empunho é coruscante,
(Responde o negro cavaleiro-andante)
É porque esta é a espada da Verdade.

Firo, mas salvo... Prostro e desbarato,
Mas consolo... Subverto, mas resgato...
E, sendo a Morte, sou a Liberdade."

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

As Escolhas da PERCA - Air

Para quem goste de música alternativa com um toque francês...





In Memoriam - Fernando Pessoa

E como não podia deixar de ser, a homenagem semanal ao Mestre da nossa PERCA... Desta feita deixo-vos um poema da Mensagem - o Padrão. Será o primeiro de vários, certamente :)

"O esforço é grande e o homem é pequeno.
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrão ao pé do areal moreno
E para diante naveguei.

A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só com Deus.

E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.

E a cruz ao alto diz que o que me há na alma
E faz a febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar."

In Memoriam - Sophia de Mello Breyner

Por mera coincidência detectei mais uns versos cheios de potencial... Deixo-vos o "Horizonte Vazio" ;)

"Horizonte vazio em que nada resta
Dessa fabulosa festa
Que um dia te iluminou.
.
As tuas linhas outrora foram fundas e vastas,
Mas hoje estão vazias e gastas
E foi o meu desejo que as gastou.
.
Era do pinhal verde que descia
A noite bailando em silenciosos passos,
E naquele pedaço de mar ao longe ardia
O chamamento infinito dos espaços.
.
Nos areais cantava a claridade,
E cada pinheiro continha
No irreprimível subir da sua linha
A explicação de toda a heroicidade.
.
Horizonte vazio, esqueleto do meu sonho,
Árvore morta sem fruto,
Em teu redor deponho
A solidão, o caos e o luto."

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Preconceitos...

Li isto num blogue que costumo seguir e não consegui deixar de partilhar convosco...

"Há mulheres que, no momento da verdade, se saem com aquela do "é melhor não porque ainda é cedo", ou com a do "não vamos fazer isto, porque se não fico completamente louca por ti". Vocês, mulheres, sabem que isto é verdade. E não o fazem por não terem vontade. Fazem-nos porque não parece bem e têm medo de como isso poderá ser interpretado pelo homem."

Penso que teremos de explicar que a PERCA não é preconceituosa... Pelo contrário, é aberta de espírito.. não condena essas moças que seguem impulsos inquietantes... também não incentiva, porque isto é como se diz por aí "cada um sabe de si..."

In Memoriam - Sophia de Mello Breyner

Homenagem da Poetisa a Ricardo Reis... ;)

"Não creias, Lídia, que nenhum estio
Por nós perdido possa regressar
Oferecendo a flor
Que adiámos colher.

Cada dia te é dado uma só vez
E no redondo círculo da noite
Não existe piedade
Para aquele que hesita.

Mais tarde será tarde e já é tarde.
O tempo apaga tudo menos esse
Longo indelével rasto
Que o não-vivido deixa.

Não creias na demora em que te medes.
Jamais se detém Kronos cujo passo
Vai sempre mais à frente
Do que o teu próprio passo."



As Escolhas da PERCA - Portishead

Um dos nomes incontornáveis do universo da música alternativa... Aqui fica uma pequena selecção, mas a PERCA sugere aos seus leitores que perscrutem sobre esta banda ;)







segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Três mulheres, três destinos

Na alvura da noite nasceram
três mulheres, três destinos,
três almas. O mesmo desalento
de jamais conhecer o amor.
Jamais vislumbrarem o rosto de Deus.

As escolhas da PERCA - David Archuleta II



Ultima Online

Há uns anos atrás, ainda não tinha recolhido a FS1 no meu grupo de trabalho, e por razões que a razão desconhece, perdia algumas horinhas diárias de volta de este jogo. Não obstante o facto de ser bastante arcaico graficamente (pelo menos a versão que eu jogava), os pressupostos de base do jogo são bastante interessantes. Duma forma muito lata o objectivo do jogo é, começando com um boneco com duas skills primárias, desenvolver esse boneco até que possua o nível máximo em 7 skills. Para começar é aconselhável que escolham um mineiro ou um carpinteiro, para que possam ir fazendo algum dinheiro, mas o jogo oferece outras possibilidades, nomeadamente no que respeita às combinações das diversas skills.


Uma vez que fui informada que o nosso ilustre visitante e comentador achava piada a este jogo, deixo-vos algumas imagens relacionadas com a actividade com a qual eu perdia mais tempo: procurar animais, em especial os raros :) Digam lá que eles não são amorosos!
Para mais informações, não só dos animais e da skill de Animal Tamming, mas de outras features do jogo, vejam aqui .









Saudosismos...

Porque este personagem me faz viajar até aos meus 15 aninhos, em que a FS2 e eu nos perdíamos horas a fio...




Aqui fica o nosso Mordillo nas suas acrobacias...


Pessoa.........

E à semelhança das minhas FS's, também sou uma seguidora do Pessoa, porque ninguém neste mundo consegue expressar melhor os meus pensamentos do que o próprio...


"Tenho o dever de me fechar em casa no meu espírito e trabalhar quanto possa e em tudo quanto possa, para o progresso da civilização e o alargamento da consciência da humanidade" (FP).


Para quem se precisa de re-encontrar, aconselho vivamente o incabado Livro do Desassossego...


Deixo-vos dois mimos... O primeiro porque a consciência da humanidade devia estremecer e levantar-se e fazer ouvir-se... O segundo porque a minha consciência me fez ouvir-me e dar de mim...


Durmo ou não? Passam juntas em minha alma


Durmo ou não? Passam juntas em minha alma
Coisas da alma e da vida em confusão,
Nesta mistura atribulada e calma
Em que não sei se durmo ou não.

Sou dois seres e duas consciências
Como dois homens indo braço-dado.
Sonolento revolvo omnisciências,
Turbulentamente estagnado.

Mas, lento, vago, emerjo de meu dois.
Disperto. Enfim: sou um, na realidade.
Espreguiço-me. Estou bem... Porquê depois,
De quê, esta vaga saudade?
Fernando Pessoa


Segue o teu destino



Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
Ricardo Reis

As Escolhas da PERCA - Jordin Sparks

Seguindo o exemplo da FS1, decidi também deixar o meu contributo no que respeita a novos talentos... :)





domingo, 23 de novembro de 2008

O fim do sentir

Sempre padeci de dois vícios complementares e extenuantes: pensar e sentir.
Talvez tenha sido por isso, que em pequena me apelidaram de menina-sombra.
Dizia-se pelos cantos que nos meus olhos morava já uma mulher e um fauno.
Quando cresci, os meus ossos quebraram-se com a força das marés e o meu semblante
vestiu-se de negro e de vermelho. Os vícios não me abandonaram o corpo nem a alma.
Continuo seca, a pensar o demasiado e a sentir o infinito. Longe, existem velhos do Restelo
que se incomodam com as vagas do meu coração. À noite, as estrelas
atravessam o espaço nu que divide os planetas e as canções e abraçam-me as dores e os erros.
Talvez seja por isso que as flores me invejaram a pele branca. Em tempos idos, fui bela.
Trazia promessas no regaço e palavras imensas onde cabia o mundo inteiro.
Em tempos idos, fui sorriso. E mel. Hoje, os cansaços abatem-se sobre as pálpebras
e o vício de pensar consome-me as íris. Deus sabe do meu destino e sonha-me.
Deus amou-me, em tempos. Idos. Quando era bela e era sorriso. Deus amava-me
e perfumava a minha imaginação de ninfas e fadas secretas. Consumo
as lembranças no vício de sentir. E ao sentir, defino-me. Quebro-me.
Reconstruo-me. Arrasto no seio o fulgor da paixão e do húmus.
Sempre padeci de dois destinos complementares e extenuantes: ser eu e ser a outra.
Talvez tenha sido por isso que me apelidaram de mulher-lua.
Dizia-se pelos cantos que nos meus olhos mora um furacão e um abismo.
Quando penso, quando sinto, volto ser eu. Deus sente-me. No seu reino
longínquo. Deus lembra-me. Continuarei, seca. A pensar e a sentir demasiado
o pulsar da vida. A aguardar a morte. O seu beijo quente. No fim do sentir.

As escolhas da PERCA - David Archuleta

Um novo cantor, vencedor da edição dos ídolos norte-americana. Há pouco tempo comecei a conhecer o álbum dele e apaixonei-me por esta música. E algumas outras.
Atempadamente as darei a conhecer.


sábado, 22 de novembro de 2008

A arte da PERCA

Image Hosted by ImageShack.us


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A arte faz parte de mim, é como respirar. Aqui ficam alguns desenhos de um dos meus muitos artistas de eleição do deviant art. Para o link original verificar 0Effe0.

As Escolhas da PERCA - Morcheeba

Eis uma banda da qual fui seguidora durante muito tempo... Mas tenho de convir que perder a Skye Edwards constitui uma PERCA genuína...





sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A parte morta da mente

O vento quebra-me a rectidão da coluna.
Porque as nossas urgências não são as urgências da urgência.
Porque a seguir à encruzilhada a tomada de consciência é uma inevitabilidade.

Escrevo ao som de Moby. Partilhado por FS2. Algures num espaço-tempo conseguimos converter o nosso inconsciente colectivo numa partilha, numa PERCA.

Em Dezembro encerra-se um ciclo de vida para, espero eu, se abrir o horizonte queimado.
Procuro-me nas palavras de Pessoa, nas palavras criadas, recriadas e perdidas. Procuro-me e (ainda) me encontro. Algures no caos da resposta.

Nunca precisei de muitos amigos. Sempre criei ligações mais ou menos fugazes com poucos indivíduos em quem confiava. Hoje, não resta uma única dessas pessoas. Interrogo-me. O que acontece às partilhas e ao material importante que damos, que confiamos, que oferecemos? Onde fica ele na vida de quem parte? As PERCAS já me pesaram no colo.
Hoje deixaram de pesar. O corpo habitua-se a tudo. E com ele, a alma.
Mesmo à ausência. Mesmo à ausência de uma ausência verdadeira, daquelas que doem.

Existem outras dores que tomam essas dores e as levam para a parte morta da mente.

In Memoriam - Fernando Pessoa

Mais uma humilde homenagem ao mestre da PERCA...

"Não sei se é sonho, se realidade,
Se uma mistura de sonho e vida,
Aquela terra de suavidade
Que na ilha extrema do sul se olvida.
É a que ansiamos. Ali, ali
A vida é jovem e o amor sorri.

Talvez palmares inexistentes,
Áleas longínquas sem poder ser,
Sombra ou sossego dêem aos crentes
De que essa terra se pode ter.
Felizes, nós? Ali, talvez, talvez,
Naquela terra, daquela vez.

Mas já sonhada se desvirtua,
Só de pensá-la cansou pensar;
Sob os palmares, à luz da lua,
Sente-se o frio de haver luar.
Ah, nesta terra também, também
O mal não cessa, não dura o bem.

Não é com ilhas do fim do mundo,
Nem com palmares de sonho ou não,
Que cura a alma seu mal profundo,
Que o bem nos entra no coração.
É em nós que é tudo. É ali, ali,
Que a vida é jovem e o amor sorri."

As Escolhas da PERCA - Moby

Embora já não siga atentamente o trabalho deste intérprete, aquilo que conheço merece claramente uma referência na nossa PERCA... ;)







quarta-feira, 19 de novembro de 2008

As Escolhas da PERCA - Hooverphonic

A banda responsável pelo Hino à PERCA...



A Partilha da PERCA

Ultimamente tenho reflectido sobre um tema que me parece estar em voga, pelo menos para os provectos oradores com os quais me deparo semanalmente a par com a FS1 que, como se sabe, possui o dom da ubiquidade. Os nossos “jubilados”, que entendem tudo de coisa nenhuma, deliberaram que o conceito de partilha era de todo o interesse.

Obviamente que a minha pessoa, no seu já habitual e inopinado estado entrópico, ofereceu prontamente o sorrisinho escarninho que esta deliberação parecia merecer.
Entretanto, e quando tive a humildade suficiente para reflectir sobre o assunto, reconheci-lhe alguma verosimilhança que ignorei numa primeira instância. Recordei-me, então, de que em tempos tinha aprendido alguma coisa sobre isso. Vou tomar a liberdade de partilhar com vocês, insistindo na minha nova e auspiciosa faceta de pedagoga.

Rimé dedicou-se à investigação duma temática particularmente curiosa - a partilha social de emoções -, segundo a qual as pessoas, quando expostas a situações traumáticas, tendem a falar sobre as suas experiências, relatando os seus sentimentos em ambiente social. Duma forma lata, a partilha social de emoções ocorre no decurso das conversas, nas quais as pessoas comunicam abertamente sobre as circunstâncias emocionais e os seus sentimentos e reacções. Advoga Rimé que este fenómeno pode desempenhar um papel preponderante no processamento de informação emocional e, neste sentido, na resolução do impacto emocional associado a um evento emocional ou stressante. O autor avança com cinco argumentos em prol desta visão, a saber:

1) As emoções podem elicitar sensações ambíguas e, neste sentido, as pessoas tendem a clarificá-las e resolve-las ao partilhá-las com elementos do seu ambiente social.
2) As emoções são experiências densas e difusas que necessitam de articulação cognitiva; através da linguagem e falando com os outros, as pessoas podem organizar o material emocional, distanciando-se do evento emocional.
3) As emoções geralmente desafiam as crenças das pessoas sobre si próprias, dos outros e do mundo, sendo que a partilha emocional permite aos indivíduos a restauração destes elementos, assim como a busca de um sentido aceitável para o evento.
4) Quando as crenças são desafiadas, o sentimento básico da segurança é ameaçado, pelo que as pessoas tendem a procurar apoio social. Nesta perspectiva, a partilha da emoção com membros significativos do seu ambiente social permite aos indivíduos encontrarem um apoio externo para o seu trabalho emocional.
5) As emoções podem elicitar a atenção auto-focada, podendo dissociar o indivíduo do ambiente social. Através da partilha de emoções, o ambiente social pode aceitar e compreender um estado que foi experienciado em privado, propondo formas sociais aceitáveis de definir essa experiência.

Depois desta pequena prelecção de PS, resta-me escalpelizar um pouco sobre ela, enquadrando-a na nossa experiência de vida.

Primeiro, acho que as FS’S funcionam, efectivamente, por choque traumático e, neste sentido, temos uma necessidade idiossincrática de experienciar qualquer coisa adversa para conseguir garantir os recursos cognitivos e emocionais necessários para empreender numa determinada acção. Penso que em certos momentos da nossa vida ficamos votadas ao marasmo e à inércia, e só perante situações de horror genuíno conseguimos gerar uma resposta com praticabilidade.

Segundo, ficamos emergidas nos nossos problemas com uma facilidade extrema, e tendemos a reflectir sobre eles até roçarmos o limite do irracional. É precisamente aqui que entra a partilha, quando procuramos alguém que nos ajude a criar um sentido onde não encontramos nenhum.

Terceiro, e porque um bocadinho de sentimentalismo também me assenta bem de quando em vez, o ambiente social também será alvo da minha análise. E porque vocês fazem parte dele, estas últimas ideias são uma singela oferta da minha pessoa às FS’S.

Em quantos ambientes sociais nos entregamos, desvelamos a nossa realidade oblíqua e desconexa, contamos as nossas experiências, revelamos os nossos sentimentos e ideais? A quantos pertencemos efectivamente? Que importância real lhes atribuímos? Em quantos deles conseguimos um rácio simpático entre o que damos e o que recebemos?
Aqueles que nos escutam nem sempre têm a capacidade de pegar no nosso discurso dilacerado e torná-lo, novamente, num todo coerente e simbólico. Creio que existe uma assimetria gritante entre a nossa necessidade de partilha e a necessidade que os outros têm de nos escutar. Talvez por este motivo uma boa parte comece por dizer umas coisas e acabe a dizer ponta de coisa nenhuma. Paralelamente, nós vamos iniciar e findar a nossa partilha com a sensação angustiante que não pertencemos aquele ambiente social, agudizando a nossa necessidade, por si só ingente, de revelar coisas de toda a espécie.

Nesta linha de raciocínio, deixo-vos umas palavras finais: obrigada por me permitirem esta partilha e fazerem-me sentir, todos os dias, que o meu lugar é aqui, restabelecendo a unidade e a coerência no meu mundo; por saberem escutar, por saberem colher os fragmentos do meu ser, tornando-o o todo que, muitas vezes, eu insisto em dilacerar; por me dizerem, na maioria das vezes, o que preciso de ouvir e nem tanto aquilo que eu gostaria de ouvir.
Mais do que tudo isto, agradeço-vos fundamentalmente por me dizerem quase sempre aquilo que eu digo também, dando sentido à minha individualidade, muitas vezes abalada pelas personalidades heterogéneas que perpassam a minha existência. Por me fazerem sentir que uma parte infinitesimal do meu ser habita em vocês, e que uma parte de vocês habita também em mim. Por termos o nosso inconsciente colectivo, onde permanecem as ideias que, pertencendo a cada uma de nós são, ainda assim, comuns a todas.

Hoje, a PERCA deixa a sua deliberação sobre a partilha: há pessoas que existem para nos lembrar que há outros como nós, que assumir a diferença é o caminho, que banir a vulgaridade é a solução, que ainda vale a pena viver acima do limiar da mediocridade. E se a partilha só faz sentido no contexto social, devemos criar o nosso ambiente à imagem daquilo que somos, de forma a podemos reencontrar nele aquilo que pontualmente se perde em nós.

"Porque nada nos aproxima tanto da própria morte como a morte dos outros. E o vazio que deixam é irrespirável como todo o vazio. Não morras, existe. Para continuar a haver razão em eu existir." - V. Ferreira

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Manto laranja

Oculto o rosto cansado
da fúria dos dias e das noites
mágicas. Ouço o canto
do vento e de Pan.
A tonalidade dos olhos castanhos
espalhou-se pela casa,
pela imensidão da inevitabilidade
do sonho.
O laranja da esperança
(não o verde, o verde
lamentoso e amargo)
e sim, o laranja, o laranja-adocicado
quase vermelho, quase paixão.
Sinto a mente fervente
de imaginação e ideias,
ideias ainda não maduras,
pequenas fadas por nascer.
Aproximo-me do piano empoirado
e ouço-O tocar.
Deito-me no piano para sentir a vibração
lenta. Visto um manto de
vento e laranja,
cubro-me e adormeço no piano
vibrante.

Pan's Labyrinth

As Escolhas da PERCA - Royksopp

Hoje deixo-vos uma banda que consegue uma excelente combinação entre o som e a imagem...





Lema de Vida by a PERCA


Seguindo o lema de vida Socrático, a PERCA "comporta-se como um ‘moscardo’: espicaça as
consciências adormecidas no sono fácil das ideias feitas."


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Constatações da PERCA

- Mamã, tenho um problema com bebida!!
- Ohh meu Deus Timmy, o menino só tem 6 anos!! A culpa é tua, Bob!
- Minha culpa?? Talvez devesses ter passado mais tempo com ele...
- O nosso filho de seis anos tem um problema de bebida!! O teu modelo não é o melhor!!
- Eu não fiz nada na vida além de me dedicar a esta família e recebo isto em troca?!? Vou embora!!
- Óptimo! Nós não precisamos de ti.
Timmy, não chore, nós ficamos bem sem o papá.. agora conte mais à sua mãe sobre o seu problema com a bebida...
- Se o Joe bebe um litro de suco e o John bebe dois, quantos litros bebem os dois juntos?

DOIS DOS GRANDES PROBLEMAS DO SER HUMANO: FALAR DEMAIS E NÃO SABER OUVIR!

As Escolhas da PERCA - Goldfrapp

Deixo-vos mais uma banda de todo o interesse. Já a escolha dos videos foi deveras ingrata...







Claymore e o ser-se humano

Terminei ontem a primeira season (julgo que será a primeira) de Claymore.

Durante o tempo que acompanhei a Clare na sua viagem, tirei algumas conclusões que embora já estivessem em mim foram Clareficadas :)

Para assassinarmos os monstros que assolam a humanidade, temos sempre que nós próprios ter algo de monstruoso. Temos que abdicar da nossa inocência e de parte da nossa humanidade.
Os olhos tornam-se de prata, tornam-se mais sensíveis às tonalidades das relações, dos erros, da infinidade de nuances que é o ser humano. Não há retorno nesse caminho.

Parte do nosso ser perde-se para sempre nessa transformação. Para derrotar-mos os monstros precisamos do poder do monstro que vive adormecido em nós. E quando essa utilização é excessiva, o monstro apodera-se de nós e consome-nos.

Não é assim a vida em sociedade? Não é assim quando caminho sozinhos numa multidão de pessoas? Expostos. Os olhos cada vez mais de prata. Todos nós somos um pouco menos humanos e um pouco monstruosos.
Simplesmente, uns nunca ultrapassam os seus limites. Outros sim. Alguns voltam. A maioria não. Perdem-se num mundo em que a humanidade deixa de fazer sentido. Porque o poder e o prazer são rápidos e intensos. Porque julgam ter tudo.
Menos a inocência.

Menos...a inocência.

Poesia que é música

domingo, 16 de novembro de 2008

A geribéria...

Caríssimos,



Vou dar-vos a conhecer a minha flor...


Uma flor mudou a minha vida.... devagar, sem se fazer notar...
A sua beleza não é imediata, até se fez confundir com um malmequer...
Provocou-me com a sua passividade, eu colhia-a e guardei-a... Depois pensei que tinha murchado, não a reguei, não lhe dei luz, não a tratei, deixei-a ao sabor das ervas daninhas, no meio de um descampado à mercê das chuvas e ventos que a fizeram sucumbir...
Mas a minha geribéria sobreviveu, cuidou-se, protegeu-se e ensinou-me a lição da minha vida...
O toque delicado das suas pétalas arrepiam a minha alma, o seu doce odor abraça-me e mergulha os meus sonhos em pequenas histórias de fadas, a sua presença reflecte o que de melhor pode esta minha existência trazer a este mundo, tão mais bonito na sua presença...
Hoje tenho um jardim de emoções, cheio de cor e cheiro e sabor! De tão lindo que se mostrou, petrifica-me por completo, deixa-me imóvel perante a sua grandiosidade...
Encontrei na minha geribéria tudo o que desejo...

A luz da PERCA

Caríssimos seguidores da PERCA,
A PERCA atravessa um momento difícil na sua existência... sucumbe em certas subidas, porque a força cede perante monumentos paisagísticos vertiginosos, vacila em curvas apertadas que a encaminham para fora da sua estrada, senta-se cansada à espera de um veículo que a ajude nesta caminhada difícil...
Porém, a luz da PERCA não se desvanece com tal facilidade, ilumina o caminho o suficiente para que não se perca da sua meta e objectivos...
A PERCA é forte e reage, embora esta tendência axiológico-maníaca seja um fardo pesado de carregar.
Contudo, ontem a FS3 viu uma outra luz, uma luz que a embebeu numa esperança escondida, que a empurrou para uma cruzada almejada e concretizada em pequenos pormenores, que a fez sentir cheia e tão simplesmente feliz...
A vida encarrega-se de nos trazer todos os sinais e mensagens, porque demoramos tanto tempo a tentar contornar o que é tão bom...?? O que nos faz perseguir estúpidas ideias tão afastadas da realidade quanto da felicidade...??
Hoje a PERCA sorri! :)

In Memoriam - Vergílio Ferreira

Hoje partilho com vocês mais algumas palavras sábias de um escritor que, pelo menos para mim, é uma referência já há muitos anos...

"Sê calmo e forte como a verdade da vida."


"Não é só na amargura que se sofre, o prazer também pode ser uma invenção do tormento."

"É insuportável a piedade. No limite da pena, o que sentimos é asco."


"A morte só é terrível quando a vemos da vida, quando entre nós e o seu nada há um tudo a perder."


"A evidência da vida não é a imediata realidade mas o que a transcende e estremece na memória."


"O ódio do homem é imenso e as palavras para o dizerem têm pouco tamanho."

"Existe como o ar, que vivifica e ninguém vê."


"Porque nada nos aproxima tanto da própria morte como a morte dos outros. E o vazio que deixam é irrespirável como todo o vazio. Não morras, existe. Para continuar a haver razão em eu existir."

"A felicidade não se mede pela quantidade do que nos acontece de agradável, mas pela quantidade de nós que responde ao que acontece."

As Escolhas da PERCA - Zero 7

Estas são dedicadas à FS1 pelo miminho que me deixou...





sábado, 15 de novembro de 2008

In Memoriam - Fernando Pessoa

Hoje deixo-vos o poema "Abdicação".

"Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços
E chama-me teu filho. Eu sou um rei
Que voluntariamente abandonei
O meu trono de sonhos e cansaços.

Minha espada, pesada a braços lassos,
Em mãos viris e calmas entreguei;
E meu ceptro e coroa - eu os deixei
Na antecâmara, feitos em pedaços.
Minha cota de malha, tão inútil,
Minhas esporas, de um tinir tão fútil,
Deixei-as pela fria escadaria.

Despi a realeza, corpo e alma,
E regressei à noite antiga e calma
Como a paisagem ao morrer do dia."

As Escolhas da PERCA - Basement Jaxx

Estiveram pelo LUX recentemente e eu não tive oportunidade de os ir ver. De qualquer forma aqui fica um pequeno tributo a mais uma banda que muito aprecio...





As escolhas

Existem momentos na nossa vida que são verdadeiras encruzilhadas.
Somos obrigados a escolher. Não há saída possível que não implique uma escolha viável. Nesses momentos, sabemos que o futuro se desdobra em variadas possibilidades.
Mas não conseguimos aferir qual delas a melhor. A mais prática. A mais bem sucedida. Fazemos escolhas de olhos fechados.
Acreditamos no apoio (?) e nos conselhos de pessoas que talvez não nos sejam nada e, eventualmente, nunca serão. Muitas vezes, estas pessoas condicionam as nossas escolhas e as consequências futuras.

Em tempos, compreendi que ninguém se irá responsabilizar pela influência nefasta ou positiva que tem no nosso trajecto de vida. Por isso mesmo, aos poucos tenho-me libertado da importância que dei, em tempos, à opinião de alguns outros que me eram relevantes.
Quando escolhermos o caminho e o trilharmos estaremos sozinhos.

A vida impõe-me outra escolha. Terei de escolher em breve. Por todas as escolhas que a vida me negou tantas vezes.
Ainda assim, pressinto a sombra de algumas pessoas que se mantém perto. Não percorrem o caminho connosco mas dão-nos a mão quando tropeçamos nos buracos que não prevemos.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

As Escolhas da PERCA

Hino à PERCA

In Memoriam - Fernando Pessoa

Este é o primeiro de muitos poemas que espero poder partilhar com vocês. Penso que não é segredo entre as FS'S que o Fernando Pessoa é o meu poeta de eleição. Deixo-vos a sapiência das suas palavras.

"A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.
Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,
Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim."

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A arte da PERCA

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Uma perca genuína retirada do deviant art de mais uma amante de percas: a perca.

A esperança (ou o outro lado da perca)

"É necessário que a esperança se cumpra inteira para que se saiba o que é perde-la."

É necessário acreditar que conseguiremos cumprir os objectivos mais medianos, acreditando piamente que se vamos pedir pouco a vida não nos poderá negar algo tão básico.
É necessário acreditar que se nos esforçarmos, se formos nós mesmas, se formos fiéis à nossa natureza então poderemos atingir todas as metas.
É necessário acreditar que a felicidade é algo que é reservado aos justos.

Para que possamos saber que nada disso é garantido. Que a vida não se importa com o nosso sistema de crenças.

É necessário sermos inteiras para que alguém nos possa quebrar.

PERCA total - Parte II


Agradeço o facto de estares solidária FS1... Aguentar este fardo sozinha seria, indubitavelmente, meio caminho andando para o meu enlouquecimento precoce... :)
E agora, de entre todos os planos mirambolantes que tentámos levar a cabo de forma infrutífera, sabes o que nos resta? Vamos aprender com quem sabe...
"Sou um homem prudente, quero ter em mãos todo o futuro para desarmar o destino." - V.F.














PERCA total

"É necessário que a esperança se cumpra inteira para que se saiba o que é perde-la."
"E tudo o que nele cresce vai do que em mim diminui."
"Porque a força de quem sofre estimula a força de quem faz sofrer."
"Ver pouco é uma condenação, porque é um insulto dos outros. Mas ver muito também o é, porque é um insulto aos outros."

Estas quatro citações pertencem a um autor que aprecio particularmente - Vergílio Ferreira. Penso que, duma maneira geral, sistematizam a situação de vida presente das FS1 e FS2, no que respeita à vida académica.

Por ser algo que nos acompanha já há alguns anos, creio ser pertinente dedicar-lhe alguma atenção, para que possamos reflectir em conjunto sobre isto. Neste momento ainda não estarei, com toda a certeza, recuperada do choque que foi o dia de ontem. Não necessariamente pela opção que tomei - porque esta cisão era necessária e só peca mesmo por tardia -, mas fundamentalmente porque me vejo forçada a assumir que fomos derrotadas, duma forma tão astuta e insidiosa que me sinto envergonhada por semelhante desfecho.

Volvidos três anos, colhemos curiosidades diversas, andámos por terreno impérvio, seguimos um percurso errático e ilusório. Deu para rir enquanto durou, dá para chorar da miséria em que se transformou. Não obstante termos percorrido uma longa e sinuosa caminhada, temos de aceitar que voltámos ao ponto de partida. Pior, penso que conseguimos estar, actualmente, numa situação de maior PERCA (ridade) do que aquela em que começámos. Imbuídas dum qualquer espírito que se assemelha a uma crença no mundo justo (numa versão deturpada, obviamente), definimos um objectivo de longo prazo intangível, canalizámos todas as nossas energias num caminho que não fez, não faz e nunca fará qualquer sentido. Entregámo-nos voluntariamente a uma espécie de destino inexorável e encontrámos nele uma significação que nos supra ordenou. Seria o nosso sacrifício pessoal recompensado? Eventualmente. Se tivéssemos feito o que era expectável, no momento certo? Talvez.

Mas nós somos mulheres apenas no intervalo de tempo em que nos impedem de ser meninas. Lamento dizer-vos, mas a perfídia da existência humana ainda não nos conspurcou e, neste sentido, nunca seríamos capazes de entrar neste jogo para ganhar. A falta de consciencialização para esta questão potenciou a nossa realidade actual - com poucas ou nenhumas perspectivas, completamente esgotadas, em estado de total confusão mental. O antes e o depois são hoje um ponto de encontro de realidades sobrepostas e desconexas.
Hoje, somos espectadoras da nossa própria vida e esperamos ansiosamente por um momento de tréguas, por um pequeno espaço em que possamos cumprir os nossos dilacerados e desvirtuados projectos. Hoje, coabitamos num mar de dúvidas em que a única certeza é que temos ainda mais o problema e cada vez menos a solução. Hoje, somos subjugadas por uma pessoa cujo âmago desconhecemos, e que cujas intenções são demasiado obscuras para que eu lhes reconheça sequer uma linha condutora.

Hoje, aceito humildemente o sabor amargo da derrota e a lição que a vida me designou, assumo que perdi uma batalha mas estou convicta de que não perderei esta guerra.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Algumas dicas sobre a PERCA

Num momento de pouca inspiração pergunto-me que mais poderei dizer da PERCA que não tenha já sido dito pelas digníssimas FS2 e FS3.
Quero apenas acrescentar que:

se chove é provável que seja obra da PERCA.
se alguém vos liga de número anónimo certamente é a PERCA.
quem escreveu senhoras cagonas no wc do post anterior foi a PERCA.
a PERCA é omnipresente nos desígnios da vida.
a PERCA é o fim e o início de toda a discussão.
porque compreender a PERCA é encontrar a luz. e a escuridão.

Portanto façamos alguns esforços no sentido de compreender a maravilhosa PERCA.
E tenho dito (ou talvez não).

O que é a Perca?!?!?!

M.I. amigas
M.I. amigos
... aos outros
... aos estúpidos/as que nos dão cabo da vida, mas que também nos fazem mais fortes e sábias e únicas e especiais e experimentadas em realidades tão transcendentais que parecem transcendentais,

agora sim podem dizer que tiveram o prazer de ter uma PERCA nas suas vidinhas, tantas vezes inusitadamente repletas de lamúrios e de falta de honestidade...

Ora, o que é a PERCA, perguntam vocês... e respondo eu: é o que vocês vão descobrir a partir de agora! Porque a PERCA não se deslinda assim, não se resume num parágrafo e não se entende sem que muitas outras premissas estejam devidamente alicerçadas nas nossas mentes!

E para que esta FS da PERCA não se apresente totalmente incógnita com vocábulos e experiências incognoscíveis para o "peixinho miúdo", tenho-vos a dizer que sou uma jovem, que sou, com muitos sonhos, que tenho, e muitas histórias, que vivi, que trabalho num spot muito engraçado (do qual nunca falarei) e que nas horas vagas, para além de olhar à volta e não encontrar sentido nos seres que me rodeiam, gosto de olhar para esses mesmos seres e para mim e chegar à feliz conclusão de que sou diferente...

Agora que já me apresentei, suficientemente inócua para não me deslindarem como por vezes tentam fazer com olhares matreiros e atiranços-falhados-de-barro-à-parede, me despeço, convidando-os a darem uma oportunidade à PERCA, e quiçá proporem-se a comungar deste inconsciente colectivo, que tende a abrir horizontes e a mostrar um outro ponto de vista...


Namastê ;)

O que é isto?


Fico particularmente feliz com esta nossa iniciativa conjunta... já se sabe. As FS1 e FS2 andavam particularmente angustiadas por não terem ainda iniciado a divulgação de verdadeiras pérolas... Esta foi recolhida num estabelecimento de ensino que temos a infelicidade de frequentar. Tem tanto de horrendo como de hilariante. No entanto, e se tivermos em conta que actualmente passo um boa parte do meu tempo útil na companhia de ex-colegas, não poderia deixar de lhes prestar esta homenagem que, estou certa, foi feita a pensar em pessoas como elas... E, vendo bem as coisas, acho que, no limite, até conseguiram ser bastante "simpáticos" na forma como as adjectivaram...

O espírito da PERCA... versão Cartoon



A PERCA inicia a sua partilha de miminhos com estes cartoons do Jeff Thomas... é uma escolha ingrata tendo em consideração que são uns bonequinhos de todo o interesse...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Finalmente... a PERCA!

Caríssimas colegas de blog e companheiras de desventura,

É com muito apreço que escrevo o primeiro post da nossa PERCA. Penso que depois de partilharmos, durante muito tempo, um mesmo e ininteligível código semântico, encontrámos finalmente o vocábulo correcto para nos definir e orientar, num sentido supra ordenado.

Pretendemos assim prestar uma homenagem solene na PERCA, atribuíndo-lhe um significado apenas verosímil para as três, não só enquanto FS'S, mas enquanto membros dum insconsciente colectivo por nós formado, onde coabitam uma infinidade de ideias e experiências sequiosas de partilha.

A PERCA será, assim, a materialização de uma voz unívoca, capaz de gerar as mais diversas e inopinadas deliberações sobre a nossa lúgubre existência e, eventualmente, mais algumas subtilezas semânticas, apenas acessíveis aqueles que comungam connosco uma coisa singela mas tão importante - a cumplicidade. Digo-vos então suas FS'S que a PERCA será o nosso arquétipo. E sob esta designação vamos, certamente, encontrar o nosso caminho primordial.

Namastê ;)
 

a perca © 2008. Chaotic Soul :: Converted by Randomness