quinta-feira, 30 de abril de 2009

As escolhas da PERCA - Lene Marlin







domingo, 26 de abril de 2009

As Escolhas da PERCA - Clássicos da PERCA

Inicio aqui um post dedicados ao nosso Best of Classics... Deixo aqui as minhas primeiras sugestões ;)







Knight Rider na PERCA

O clássico das dobragens... Infelizmente não encontrei um genérico disponível (em brasileiro entenda-se) para postar aqui, mas este já tem o seu mimo...



Carolina Liar

Esta partilha posso devê-la a sua fs2. Afinal, só os ouvi quando ouvia a banda que ela partilhou anteriormente, the script. Fs2: o mimo.





Versão brasileira...da nossa infância

Um genuíno clássico. De todo o filme só importam os primeiros momentos em que se ouve:

"versão brasileira: herbert richards" ..

sábado, 25 de abril de 2009

In Memoriam - Florbela Espanca

Não podia deixar de figurar aqui...

"Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!"

Inconstância

"Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!

Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!

Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...

E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também... nem eu sei quando..."

As Escolhas da PERCA - The Script

Deixo-vos aqui mais uma banda cheia de potencial...





quinta-feira, 23 de abril de 2009

Poesia da PERCA - Daniel Faria

Pórtico

Com os meus amigos aprendi que o que dói às aves
Não é o serem atingidas, mas que,
Uma vez atingidas,
O caçador não repare na sua queda

Daniel Faria
in “A casa dos Ceifeiros”

terça-feira, 21 de abril de 2009

Tomadores de bicas

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Com o passar dos anos a vida tem-me feito experienciar várias vezes a mesma lição, sob diferentes máscaras e circunstâncias.
Por vezes dou comigo, noite dentro, a rever os dias passados e as minhas acções. Concluo, invariavelmente que pouco mais poderia ter feito que mudasse o rumo que me trouxe aqui.
A minha personalidade é relativamente peculiar. Ao longo do trajecto encontrei apenas uma pessoa realmente parecida comigo no funcionamento. E, embora tivesse tido um percurso diferente, chegámos ambas a pontos muito idênticos.

Assumo, por isso, que nada poderia ter feito que evitasse os desfechos das relações de amizade e outras.
Fui uma adolescente calma. Nunca fui de grandes rebeldias. Na placidez encontrava a revolta de exigir aos outros apenas e tão só a crua honestidade. Não me recordo de pedir muito mais. O que não me impediu de ganhar fama de pessoa intensa e exigente. Diziam-me muitas vezes que penso ser dona da verdade e que não perdoo deslizes.

Quando olho para trás, o que vejo, no entanto, sou eu a fazer diversas concessões, a preocupar-me em demasia, a investir em demasia. Nunca almejei ser dona das verdades dos outros, mas tenho as minhas verdades e dificilmente me desapego delas sem uma luta intensa de argumentação. O que sinto hoje como sempre senti, é que as pessoas não têm tempo(nem energia) para exercícios de argumentação e que, por isso mesmo, depressa se cansam e engrenam em toadas de acusações pessoais.
Contrariamente à maioria, a minha mente sempre vagueou pelos assuntos de forma cuidada numa tentativa de compreender as implicações de determinadas tomadas de decisão. O que não me impediu, no entanto, de ter a minha quota parte de impulsividades.

Apesar de ser impulsiva a espaços, raramente posso dizer que me arrependi do que fiz. Afinal, prefiro arrepender-me de algo que não fiz. Assim, saberei sempre que se algo não correu bem não foi por inércia da minha parte. Não foi por desistência ou negligência. E isso basta-me para quando me deito, o fazer de consciência tranquila.
Mais do que ser exigente e honesta (por vezes de forma acutilante), não me considero malévola. Não ajo premeditamente para magoar ninguém. Por isso mesmo, sinto-me agastada com o comportamento pouco neutro da maioria das pessoas que encontro.
Hoje, mais do que haver uma cultura dos "tomadores de bicas", existe a cultura das pessoas que dizem e fazem tudo o que lhes vêm à cabeça sem atentarem nas consequências dos seus actos. Hoje, mais do que não haver amor ou amizades puros, existe uma total inexistência de noções morais ou consciência.

As escolhas da PERCA - The Cardigans II

Uma música que se aplica ao meu estado de espírito actual e que não coloquei na altura que fiz uma recolha de singles de interesse desta banda de todo o rigor:

Despedida

"Longe das planícies ergueu-se uma árvore curva mas firme. As estrelas abandonaram a noite, recusando-se a banhar a crueza dos homens e a luxúria dos amantes"


O mundo cobre-se de cinza, agora que o teu semblante abandona as frestas da casa pequena.
Delicadamente, escondo os móveis com lençóis ainda perfumados de ti.
Absorvo as memórias e apago as velas. Logo já não irás voltar, o corpo cansado
e doente. Nada mais existe neste espaço que foi teu. A lua fita-me, interroga-me a cada
segundo se tenho força para fechar finalmente a porta da cabana.
Sei que hoje, amor, é noite de viagem. Outro dia voltarei, com novas histórias e erros
para pintar as paredes e caiar os espelhos. Sim, outro dia.
Por ora, só o bafio e o silêncio poderão habitar as tuas fotografias.
Quando regressar, irei religiosamente guardá-las numa caixa de madeira escura
e deitá-la no lago. Aguardarei os dolorosos momentos em que a água
irá lamber o teu rosto, irá denegrir os teus traços e delapidar o pouco
que resta ainda dos teus cabelos no meu regaço.
Mas hoje, amor, é noite de viagem. Fecho a porta devagar para não perturbar
as linhas do passado que jazem entrelaçadas nas linhas vagas dos futuros possíveis
e impossíveis. O frio engole-me os ossos. O mundo espera-me. O vento encarregou-se
de espalhar por cada canto da terra que partiste finalmente.
Ou terei sido eu, amor? Cansada já dos teus regressos infindáveis. Das tuas
mãos secas e envelhecidas onde outrora havia liláses e orquídeas
a brotarem dos teus dedos.
Abandono a casa e o quarto, o caminho batido e a árvore, o lago e as ninfas.
Abandono-me aqui, o meu eu-menina, inocentemente adormecido
e apartado do cair da noite. Quando regressar, sei que irei beijar-lhe os cabelos
e murmurar-lhe ao ouvido que ainda não é tempo de acordar.
Se um dia esse tempo virá, não sei. Nem importa. Nada importa, neste momento
em que os pés se arrastam. Afasto-me. Passo os dedos imperceptivelmente
pelas pedras, pelas flores, pelos ramos dos arbustos. Para que ao regressar,
o lago e a cabana saibam que são meus e que sou deles e que o caminho me trouxe
de volta. Para que as tatuagens fiquem impressas na sua matriz.
Ouço ainda o teu riso, as tuas lágrimas, as feridas por cicatrizar. Ouço-te.
Ou será um sonho desperto? Não olho para trás, não quero encarar as verdades
que se debruçam sobre a minha cama. Lambo os lábios devagar. Para sentir
pela última vez o teu sabor. Cubro o rosto e obrigo-me a continuar.
Amanhã, sei que nada mais restará senão uma lembrança vaga
do teu rosto e dos dias que recebi o teu coração.

domingo, 19 de abril de 2009

O amor puro - Miguel Esteves Cardoso

Hoje tive a oportunidade de ler este texto que descreve muito bem o que eu própria penso sobre o assunto.
Aqui fica a partilha:

"Em nome do amor puro:

Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas.
Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la.
Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível.
A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber.

Não é por falta de clareza. Serei muito claro.
Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que quero é fazer o elogio do amor puro.

Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade.
Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática.
Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido.
Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama.
Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais,
discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".
O amor passou a ser passível de ser combinado.
Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível.
O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se
apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas,
farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia,são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá ,
tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.

Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza,
o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha.
Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas,
a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".

Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso.
Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe,
já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores.
O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.

Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo.
O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes.
Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor.
A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim,
não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição.
Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.
O amor não se percebe. Não é para perceber.
O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar.
A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária.
A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.
Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre.
Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente.
O coração guarda o que se nos escapa das mãos.
E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama,não é ela que nos acompanha – é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter,
querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste,
mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder.
Não se pode resistir.

A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira.
E valê-la também."

in "Último Volume" , Miguel Esteves Cardoso

sábado, 18 de abril de 2009

As Escolhas da PERCA - No Doubt

Mais um clássico da nossa juventude... E, ao contrário de muito boa gente, também não desgosto de ver a Gwen a solo :)







Condução na PERCA

Faz-vos lembrar alguém? ;)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Poesia da PERCA - Ivan Alexandre da Fonseca

Tramadas

"Trago a trama da tua pele
cravada nas minhas mãos.
Havia-as solto, encontraram-te elas.

Nunca conheci tantos caminhos,
como os nossos caminhos.

Saía de casa desarrumado,
tu sabes perfeitamente.
Tive o hábito de reparar em folhas
e não perceber as árvores; perdi-o
nos entre tantos em que te fugi.
A ti não te perdi, fugi. Prefiro.

Era denso o cheiro
com que nos vestíamos,
despindo-nos em folhas,
ocasionalmente largadas pelo caminho.

E juro-te: caíssem as mesmas folhas
nas mesmas pedras da calçada,e iluminasse o sol do mesmo ângulo;
E juro-te: eu chegaria a ti.
Não pela posição das folhas ou o rasto
das suas sombras. Pelo cheiro,
que só faria sentido se assim fosse.

Perdoa-me, amor, mas nunca gostei de escrever a lápis.
A tua pele, já só lhe reconheço a trama nas minhas próprias mãos."

Ivan Alexandre da Fonseca

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Poesia da PERCA - José Tolentino Mendonça

TEOREMA

"Diante do espelho vê rostos além do seu
e a loucura é reconhecê-los entre os mortais
esses rostos silenciosos e esquivos
tão fácil seria chamá-los
celestes

Mas ela era terrena tão por terra
conduzia a ondulação dos sentimentos
não a entendem?
Ela deixava quebrar os vasos só para os ouvir
porque tudo tem uma voz mesmo as coisas mudas
e o silêncio é uma ímpia forma de desobediência
Ela marcava um por um
Umbrais códices colheres
Para que tudo estivesse unido
Sob o frio ordenado do visível

De noite porém afundava-se no lago
e lá adormecia
De noite levava a espingarda à janela
e ficava a ouvir não os tiros
mas o incrível silêncio que sucede a cada tiro
De noite dizia-se vacilante e perdida

Depois vinha o dia e a rasura
a repetida ordenação que os acentos concedem
às palavras
sempre só a sua representação"

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Noitada na PERCA - Round 2

Mais um horror genuíno by XP...

" Noitada estranha

Eu sei que parece perseguição mas sempre que saiu com uma pessoa em especial (cujo nome no revelarei porque não preciso LOLOL) coisas estranhas acontecem. Fica no ar a dúvida de quem mete “mau-olhado”.
Ora bem, o objectivo desta noitada era sair com as amiguinhas de mestrado da amiga, e até aqui a historia é boa… mas fica-se só na intenção.
Na hora prevista lá estava eu prontinha como reza a história. Entro no carro e começa a primeira descarga de acontecimentos de “há e tal afinal em vez de irem 2 desconheçidas… há e tal vem mais gente” altura em que eu pensei “quantos mais melhor é da forma que se monta a barraca mais depressa”. Éramos 3 no carro em rumo ao local combinado.
As coisas começaram logo muito bem em que a gente espera pelas amiguinhas no café e as ditas cujas entram na disco sem a gente. Depois de telefonemas para cá e para lá tivemos como resposta “Há e tal a gente já se encontra cá dentro e é preciso convite que nós não temos… mas … tentem entrar!!!” Epá tentem entrar, há a referir que as amiguinhas entraram após terem chamado um estivador amigo; sim supostas senhoras de bem!!! a confraternizarem com estivadores. Mas fora tudo isto as 3 da vida “airada” fazem o que elas pedem…quando não é o nosso espanto quando elas se encontravam já cá fora. Eu nessa altura pensei …uiii passou-se algo de manhoso….mas como eu estava redondamente enganada.
Não sei que tipo de ascendente a minha amiga tinha sobre elas … mas não deve ser bom … porque tanto eu como a outra amiga estranha ao grupinho fomos completamente ignoradas ate ao ponto de passarem 5 minutos de conversa e nós as duas já agora “ há e tal BOA NOITE!”; algo que foi completamente ignorado e com direito a caras de “ tipo morram” ou “talk to the hand” e nós a pensar “epá vão cheirar mal longe” (amor à primeira vista como se pode comprovar). A verdade é que Elas foram-se embora mas para nota informativa elas eram a razão da saída mas naquela é tudo numa boa!!!...
Acabamos por não entrar nessa tal disco de onde elas saíram e fomos para outra…Nesta nova disco entramos sem pagar (e ainda bem porque a musica não valia nada) …supostamente tinha mais de uma pista para escolha mas era tudo mais do mesmo. Este local para não fugir à regra tinha a entrada em tons de preto e pouca luz (não sei se querem poupar ou rir de alguém a cair das escadas… fica a suspeita no ar).
Fomos para o piso intermédio e epá medo… mas que raio de musica… foi um tédio… nós fomos ficando e ficando na esperança que a musica iria melhorar… eu sei que a um dado momento em que estava tão entendiada dancei (com alguma coreografia) o thriller do Michael Jackson… sim é o medo total. Para alem de estar completamente sóbria…ainda consegui fazer figuras sinistras...quer dizer eu fiz de múmia mas também antes desta música parecia uma múmia… Confere não alterei a postura LOLOLOLOL. Após músicas sinistras e visionamentos de roupa interior piramo-nos. Na vinda ainda demos trabalho à bófia como compete … eles que morram de trabalho desnecessário….
Mais tarde ouvimos dizer que ouve festa de arromba (num sentido literal) após a nossa saída…Confere nós somos elementos estabilizadores LOLOLOLOL.

Aqui fica alguns comentários para a posteriori:
1.Colegas enfezadas por natureza não mudam de um dia para o outro
2.Juntar pessoas diferentes acaba sempre por ser o melhor mesmo que no fim resulte em dispersão.
3.Quando a musica é má ou se muda de local ou o espírito tem de ser mesmo bom para acompanhar.
4.Onde estão as discos que passem músicas como: Pitbull-krazy; Micky Green-Oh; Shaggy-Mr. Bombastic, Joe Cocker - You Can Leave Your Hat On, Buraca som Sistema enfim musicas com sonoridades manhosas para danças de todo o interesse? Enfim…"

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tesourinhos deprimentes na PERCA

Eis a melhor forma de animar um dia cinzento...
FS1 estava esquecido não era?
E como uma desgraça nunca vem só...

À parte de ter a tese parada, temos de convir que nem tudo é mau naquele espaço...

In Memoriam - Clarice Lispector

Não costumo ser grande adepta de literatura brasileira mas esta senhora pareceu-me ser de todo o interesse...

"Meu Deus, me dê a Coragem

Meu Deus, me dê a coragem
de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites,
todos vazios de Tua presença.
Me dê a coragem de considerar esse vazio
como uma plenitude.
Faça com que eu seja a Tua amante humilde,
entrelaçada a Ti em êxtase.
Faça com que eu possa falar
com este vazio tremendo
e receber como resposta
o amor materno que nutre e embala.
Faça com que eu tenha a coragem de Te amar,
sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo.
Faça com que a solidão não me destrua.
Faça com que minha solidão me sirva de companhia.
Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Faça com que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços
o meu pecado de pensar."

domingo, 12 de abril de 2009

In Memoriam - Manuel Bandeira

Poética

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o
cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de excepção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora
de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário
do amante exemplar com cem modelos de cartas
e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

sábado, 11 de abril de 2009

Rui Pedro, o regresso

Lembro-me de ter visto esta publicidade pouco depois dos ídolos.
TMN powa..Até já.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

As Escolhas da PERCA - Robbie Williams

Este rapazinho, ex Take That, tem músicas com algum miminho...







Rui Pedro, o mimo

Um genuíno nacional...

Ken Lee

Francamente não entendo bem porquê mas andei a deixar passar esta pérola pelo esquecimento.
Ora recolham:


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Dúvida

A minha questão é...quantas pessoas encontraríamos se entrássemos em determinados locais e chamassemos ..."ANITA?"

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terça-feira, 7 de abril de 2009

Anita alternativa II





Anita alternativa





segunda-feira, 6 de abril de 2009

War never changes

Miminho by acid_p

domingo, 5 de abril de 2009

A manhã

Amanhece o dia e a tua respiração normaliza. A batida do teu coração diminui e o gelo percorre-te as veias.
Ergues-te confuso e morbidamente aborrecido com a simplicidade das paredes que envolvem o meu quarto. Mantenho os olhos fechados, os punhos cerrados.
Percorres o quarto, abres as gavetas da cómoda antiga. Acendes um cigarro e sentas-te na cama. As molas reagem ao teu peso.
Sabes que finjo dormir. E eu continuo a fingir-me adormecida. Ainda assim, lamentas a tua chegada. Prometes que irás apagar o teu cheiro das frestas das paredes. Prometes que irás agir como se nunca aqui tivesses estado.
E tu finges tão bem. Sinto a língua colada no céu da boca. Sinto o fogo que me consome. A raiva. A mágoa. O abismo. E tu. Aqui tão perto.

Abro os olhos e fito-te. Silencias-te. Curvas os lábios num sorriso dorido. Sei-te todas as razões, todas as mentiras com que iludes o teu coração. Sei-te.
Deixo que o silêncio se entreponha entre nós. Deixo que o silêncio te pregue as pálpebras uma e outra vez.
Os meus olhos são ainda a tua perdição. O espelho onde te reflectes. Os meus olhos são ainda os lagos onde escondes a dor.

Deixo os dedos percorrerem os teus. Lentos. Firmes. Não estremeço. Sinto a tua respiração e o ritmo do coração, num batida tão nocturna. Mas agora, o Sol reina no mundo das nossas psiques, e ambos sabemos isso.
Beijo-te o rosto. As pálpebras (nega-me, por favor...agora... nega-me, afasta as minhas mãos pequeninas dos sulcos do teu rosto... quebra tudo o que sobra de nós e dos dias em que fomos unos). Beijo-te as imperfeições.

Murmuras-me: "deixa-me partir, porque o sol já vai alto, e o mundo espera-me lá fora. deixa-me apaixonar-me por mulheres que nunca vi, por sonhos que não
senti, deixa-me ser tão teu noutro lugar que não dentro de ti. se continuares aqui, tão pequenina e frágil, tão imensa, não conseguirei conter-me. deixa-me..."
E eu...vejo-te partir.
Com um sorriso quebrado e um cigarro infame nas mãos.

Aguardo a vinda da noite e a benção da solidão.
Quedo-me junto da tua fotografia.
Ainda. És. Meu.
Mesmo quando estou absolutamente só.

sábado, 4 de abril de 2009

O medo

Espreito o violeta através da vidraça da janela da cabana perdida no bosque que é a minha psique.
Sei-me tão perdida hoje como sempre. Nada em mim jamais foi firmeza ou adequação. Apaixonei-me sempre pelos homens errados, pelas pessoas mais improváveis. Prendi casacos em cada degrau da escada que subo quando regresso ao quarto escuro. Ainda sei o cheiro da pele que se impregnou no tecido.
Conheço os erros, os enganos, conheço-me.
Sei-me tão só hoje como sempre.

Ouço os teus passos secos e os teus lábios no meu pescoço. Os meus olhos estão cegos e as mãos fechadas. As esperanças e os motivos perderam-se na
infinitude do tempo e só restou o orgasmo e a antecipação do fim. Onde caminhaste todas as noites em que não curvaste o corpo na direcção do meu seio?
Não uso palavras. Não me uso. Não te uso. Não me movo. Sinto os teus lábios e as palavras mornas. Murmuras junto ao meu pescoço.
Lá fora, o gelo cobre o violeta. O tempo é sempre impaciente dentro da minha psique. Não existem regras para a violência da mente.
Deixo-me cair no chão, ajoelhada, vergada pela intempérie das emoções e do silêncio. Sinto as tuas mãos a percorrerem-me os ombros.
Obrigas-me a fitar-te. Não quero olhar os teus olhos e o vazio do azul. Não quero olhar-te e ver em ti todas as mulheres que desnudaste. Não quero ouvir as palavras com que me comoves a ausência.
Na parede jaz uma fotografia de ti menino. A inocência perdida que entregaste no meu regaço num jardim mudo de calor e vícios.

Violas-me o olhar, deixo cair o corpo no cansaço do chão. Aperto as mãos contra o seio e cuspo-te acusações, veneno que me corre nas veias. Hoje, como nunca, rasgo-te.
Não olho nem por um momento a fotografia que jaz na parede. Que sei que tem o olhar cravado nas minhas costelas. O olhar penetrante de um menino que partiu numa noite abafada de verdades. Sabes, às vezes quase sinto a sua mão pequenina nos meus dedos alvos. Às vezes, vislumbro-o nos teus olhos imensos de medo.
(e tu, que cresceste no espaço entre o meu coração e o meu ventre, temes-me. temes o caminho que te traz de volta ao quarto escuro, ao meu pescoço branco. temes o amanhã e os tijolos com que ergueste um muro para encerrar o mundo que é teu. eu sou ainda a tua recordação)

Tenho a voz quebrada e as pálpebras fechadas para não ver o que sempre pressenti. Não quero apaixonar-me pela amargura com que vestes os teus dias. Não quero trazer-te assim, tão dentro de mim. Finjo não ouvir a tua respiração. Finjo não sentir quando desces as mãos dos meus ombros até às minhas ancas.
Finjo não sentir quando mordes a minha pele. Finjo não sentir o sangue e a vida escorrerem de mim.
Concentro-me no silêncio e no medo. O medo que te impeliu a todas as viagens, a todas as fugas, a todos os dias que não me embalaste.
Vejo-te tão claramente. Vazio. A segurar mulheres penduradas no teu pescoço, a oferecerem-te os lábios e a falta de coragem. A facilidade com que lhes abres as pernas, com que lhes provas as inseguranças. Vejo-te. Vejo os teus olhos a focarem o meu rosto em todos os rostos, a transformarem pernas e braços na minha voz. Vejo as tuas mãos estremecerem enquanto procuras os meus gemidos, enquanto sonhas os meus lábios junto ao teu ouvido a exigir-te entrega ilimitada.Vejo a forma como levas o cigarro à boca, enquanto percorres os lábios com a língua para apagar o meu sabor. Vejo-te, o medo com que cobres o corpo que dorme a teu lado e, não, não é meu. Os dedos trémulos com que escreves memórias para esquecer a cadência do teu corpo no meu, a sensualidade doentia de te saberes meu.

Se estender os dedos, sei que estás a meu lado. Febril. Se estender os dedos, sei que me amarás com a fúria da negação. Se estender os dedos, sei que
partirás pela manhã na inevitabilidade do fim.
Se estender os dedos, se abrir os lábios e sentires o calor que antecede a morte o silêncio.
Se quebrar a quietude com que dormes, a serenidade que encontras no acto de te alimentar da minha alma.
Aguardo o findar da noite e da tua febre. Aguardo a manhã e a prostituição do teu sentir. Aguardo o Sol que irá cobrir a mancha lilás que deixas no chão, deitado a meu lado, perdido nos sonhos infantis que ainda te fazem menino nestas horas tardias. Aguardo que a fotografia se desbote com o passar do tempo.
Aguardo que te deixes seduzir pela fraqueza das mulheres e pela dureza plácida dos seus traços. Aguardo que me descubras e me murmures que guardarás a minha inocência perfumada no canto mais secreto e sagrado do teu âmago.
Aguardo o findar da noite.
E da tua febre.
No silêncio.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Horas nocturnas com desejos lamentáveis

Queria fazer algumas partilhas de interesse mas lamentavelmente a esta hora já só consigo pensar nisto:

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Deixo as partilhas para amanhã enquanto babo o teclado :s
 

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