segunda-feira, 18 de outubro de 2010

In Memoriam - Reinaldo Ferreira

Já que eu não me consigo exprimir em condições (parece que o IC anda com sonhos agitados), deixo aqui uma sugestão de quem o fazia bastante bem.

Contente nunca estou; feliz não sei


"Contente nunca estou; feliz não sei
Se existe alguém ou neste ou noutro mundo.
Vou para o Nada, sou do Nada oriundo,
E entre dois Nadas desventura é Lei.

Da cobarde esperança emancipei
A previsão do meu destino imundo.
Sou consciente do mal em que me afundo,
E consciente do mal continuarei.

Nem revolta me fica, apenas pressa
De me tornar por fim parada peça
No cósmico rolar nefasto e louco.

Depois quero dormir um sono enorme
Que para uma aflição que nunca dorme,
A Morte, temo bem que seja pouco."


Regresso de parte alguma


"Regresso de parte alguma
Rico mais do que partira,
Pois trago coisa nenhuma
Sem desespero e sem ira.

Agora vivo contente
No meu exílio sereno;
Tomei tamanho de gente
E não me dói ser pequeno.

Pedra parada na calma
Tranquilidade dos charcos,
Deixem dormir minha alma,
Como apodrecem os barcos."

1 comentários:

VampFanGirl disse...

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