Esta música é grave
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
sábado, 22 de agosto de 2009
Novos medos parte IV
Esta é tão má que tive MESMO de partilhar... Vejam até ao fim... e atenção ao minuto 3:30 ;)
Aqui fica o link:
http://www.youtube.com/watch?v=VCwRbw22n9k
Aqui fica o link:
http://www.youtube.com/watch?v=VCwRbw22n9k
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Vómitos
Novos medos parte III
Esta é a música que a investigadora referia... Com muita boa vontade lá a encontrei... Não aconselhável a pessoas que sofram de bom gosto...
terça-feira, 18 de agosto de 2009
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
sábado, 8 de agosto de 2009
In Memoriam - José Régio
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!"
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!"
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Poesia
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Turn the page
Registo em papel as ondas de náusea que cobrem a alma.
De todos os futuros que cruzaram a minha mente, este era de todos o que jamais poderia ter acontecido.
Durante anos foi o teu rosto que recordei em momentos de angústia. Não importava o que acontecia, quais as amarguras ou as desilusões porque em mim, a tua imagem e as tuas maõs perdurariam para sempre. Esqueci-me, comodamente, que para o ser humano não existe para sempre.
Existe sim, uma temporalidade medonha que condiciona e nos remete para a total ausência de laços e intimidade.
Afinal quem és tu? Qual é o teu verdadeiro nome? Quais os teus limites, as zonas que nunca pisarias?
Tropeçaste no meu coração, conquistaste a minha confiança cega, a crença inocente e ridícula que poderias ser diferentes eras inofensivo e seguro.
Não sabia ainda que não hesitarias em colocar anos de vida numa balança e eles não te pesariam nos ombros nem te vergariam as costas.
Confesso, que ao longo dos anos, desacreditei todas as relações, convenci-me que amanhã tudo pode ser diferente. Não quis acreditar no ser humano.
Hoje morre em mim toda e qualquer esperança nos valores da humanidade (eu e a fs2 não constamos deste grupo, porque definitivamente, não somos humanas).
Quantas vezes me terás enganado? Quantas vezes me terás mentido, usado palavras que nada significaram?
Não quero sequer imaginar que possas alguma vez ter sido honesto porque isso só torna a traição muito mais inconcebível, muito mais doentia.
Porquê?
É uma pergunta que sempre existiu e continuará a existir. Sempre. No entanto, neste momento já nada me importa. Não importa o porquê mas sim os factos.
E o facto é apenas este: sou incrivelmente mais humana do que alguma vez poderás almejar. Mesmo fui a tua boneca. Mesmo quando escondeste o rosto na minha pele de marfim.
Mesmo quando errei.
Mesmo quando prendi os olhos vidrados nos teus.
Nunca me senti tão sozinha.
E o pior é ter a perfeita noção que sozinha corro menos riscos do que contigo. E isso ainda me doer. Ainda.
Espero que saibas que nunca mais ouvirás o som da minha voz. Mesmo quando a saudade te consumir. Mesmo daqui a meses, quando o teu cheiro já não existir no meu corpo.
De todos os futuros que cruzaram a minha mente, este era de todos o que jamais poderia ter acontecido.
Durante anos foi o teu rosto que recordei em momentos de angústia. Não importava o que acontecia, quais as amarguras ou as desilusões porque em mim, a tua imagem e as tuas maõs perdurariam para sempre. Esqueci-me, comodamente, que para o ser humano não existe para sempre.
Existe sim, uma temporalidade medonha que condiciona e nos remete para a total ausência de laços e intimidade.
Afinal quem és tu? Qual é o teu verdadeiro nome? Quais os teus limites, as zonas que nunca pisarias?
Tropeçaste no meu coração, conquistaste a minha confiança cega, a crença inocente e ridícula que poderias ser diferentes eras inofensivo e seguro.
Não sabia ainda que não hesitarias em colocar anos de vida numa balança e eles não te pesariam nos ombros nem te vergariam as costas.
Confesso, que ao longo dos anos, desacreditei todas as relações, convenci-me que amanhã tudo pode ser diferente. Não quis acreditar no ser humano.
Hoje morre em mim toda e qualquer esperança nos valores da humanidade (eu e a fs2 não constamos deste grupo, porque definitivamente, não somos humanas).
Quantas vezes me terás enganado? Quantas vezes me terás mentido, usado palavras que nada significaram?
Não quero sequer imaginar que possas alguma vez ter sido honesto porque isso só torna a traição muito mais inconcebível, muito mais doentia.
Porquê?
É uma pergunta que sempre existiu e continuará a existir. Sempre. No entanto, neste momento já nada me importa. Não importa o porquê mas sim os factos.
E o facto é apenas este: sou incrivelmente mais humana do que alguma vez poderás almejar. Mesmo fui a tua boneca. Mesmo quando escondeste o rosto na minha pele de marfim.
Mesmo quando errei.
Mesmo quando prendi os olhos vidrados nos teus.
Nunca me senti tão sozinha.
E o pior é ter a perfeita noção que sozinha corro menos riscos do que contigo. E isso ainda me doer. Ainda.
Espero que saibas que nunca mais ouvirás o som da minha voz. Mesmo quando a saudade te consumir. Mesmo daqui a meses, quando o teu cheiro já não existir no meu corpo.
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Reflexões
domingo, 2 de agosto de 2009
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