sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Nojo

Sinto-me tão profundamente desiludida com todos os que me rodeiam à excepção de fs2, que me apetece rasgar algo.
Arrancar de mim toda e qualquer réstia de interesse pelas pessoas que nem merecem um segundo olhar.
Afinal, todos tomam atitudes que em tempos juraram que jamais tomariam, pessoas cujo carácter jamais coloquei em questão.
Pessoas que tomei como sendo pessoas.
Humanas.
E como humanas que são, conspurcam tudo na sua passagem, surropiam o que de bom existe no ar.
Fingem-se superiores e assim avançam as suas miseráveis vidas.

Tudo me enoja. Tão profundamente.

Falta de equílibrio

Intriga-me como o meu cão se equilibra em 4 membros quando eu dificilmente o faço com 2.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

E vale a pena....???






sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sogno



A realidade sempre foi mais fria que o sonho e as cores fortes da ilusão.
As cores com que embelezei a tua pele, vesti o teu corpo.
Recriei-te em mim e em mim não podias jamais ser outro
que não o homem mistério-eternidade.
O menino pertença-abismo.
Do teu sorriso recriei um arco-íris.
Das tuas mãos recriei todo um abrigo.
O espaço onde escondi todos os meus segredos
e evidências. De ti renasci e morri todas as noites
e todos os dias, marcada pela doença e pela intensidade
das emoções. E o tempo deixou de ser tempo.
E a terra deixou de ser terra.
E o dia nasceu em que os meus olhos não te reconheceram.
Em que os segredos te brotaram das impaciências
e vieram morrer-me aos pés, secos, negligenciados.
Era eu a fitar-te. Era Ela. Ela, que é imensa e fria.
Que tem olhos de fénix. Que tem asas de demónio.
Ela, que perfurou a ilusão com que te vesti e eras tão tu,
ali, tão banal, tão humano?
O coração estilhaçou-se-me em mil pedaços, a tua voz
a afirmar que é tudo normal, que noutros mundos,
outras mulheres também geravam desinteresse.
E o meu coração estilhaçado, ela altiva a observar-te,
a rir-se, a achar tudo tão ridículo, a murmurar-me que afinal
tu sempre foste apenas mais um pássaro a esvoaçar
dentro de uma gaiola. A tua mente curvada
perante o peso imenso da sociedade. E o meu coração,
que é Dela também, estilhaçado, a sorrir-se de aborrecimento
e nojo. E a alma acordou, esticou os filamentos entorpecidos
como quem acorda de um sonho demasiadamente longo,
a alma acordou, segurou o coração estilhaçado e eu entreguei-me
a Ela. E com os seus olhos tudo o que vi foi o comum.
Não me quedarei nua a teus pés,
os olhos sem véus, não mais.
A realidade sempre foi mais fria que o sonho e as cores fortes.
Da ilusão.
 

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