quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

As Escolhas da Perca - Avril Lavigne

Fs1, olha quem voltou ;)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Verdades

Existem pessoas que têm medo do silêncio e o preenchem com a existência falsa de outras pessoas, com palavras sem qualquer sentido, com consumismos exarcebados cujo único objectivo é calar as vozes que nos gritam por entre os silêncios que nos brindamos. Eu tenho medo do dia em que não souber estar em silêncio comigo mesma, do dia que for devorada pelos monstros que tão bem aprendi a amansar dentro do coração. Existem verdades que por muito ruído que nos rodeie continuam a sorrir-nos por entre os espaços ocos da nossa mente.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mordaças

As pessoas arrastam o corpo amordaçado.
O dinheiro que não paga a alma que se
vende em pequenas prestações.
Têm-nos por uma trela.
Sufocam-nos o grito na garganta,
a raiva, a mágoa, a pressão
a sangrar-nos os ouvidos.
Vendemos a inocência, os sorrisos,
a paz, o tempo. Vendemos a ternura,
a luz, sugados pelo vórtice das expectativas.
Esperam-nos. Esperam que sejamos
sorriso, empatia, que sejamos a mão
no rosto. E somos. Somos tão grandes
que transbordamos fora do corpo,
rasgamos as barreiras e quebramos os ossos.
Somos um vórtice, a minha alma um monstro
que me devora por dentro.
Somos um movimento de negação
e afirmação, um ponto de exclamação
após infinitas reticências.
Pulsas. Ouço o batimento do teu coração.
Uma geração inteira a viver-te nas veias.
Falha-te a voz. O cansaço transluz a tua pele.
Vejo claramente. Todas as cores dentro de ti.
A vida como um filme, a lógica implacável
da consequência. Vivemos na extensão do abismo,
suspensos no momento da queda.
Precisamo-nos. O outro que tem as mesmas palavras,
os mesmos significados, as mesmas linhas de definição.
Epicentros de cataclismos que são as únicas verdades
que muitos conhecem. Pouso a mão no teu ombro.
Sereno a tua pulsação. Canalizo o teu olhar para mim.
E enquanto te observo, vês-me. A mesma matriz.
Escondo-me no silêncio que grita e apenas tu me vês
inteira. Sussurro-te no teu desespero, a minha voz a lamber-te
as impaciências. A minha mão a acariciar-te as cicatrizes.
À nossa volta, as pessoas arrastam a alma
muda. Tiraram-lhes a voz, a gana, o arrojo.
O medo que cessa toda a libertação.
Tenho medo do dia que terei medo.
Tenho medo do dia que não tenha forças para gritar.
Por mim e por ti. Por todos os que nos abraçam,
preenchidos de nada e por nós e pelas nossas linhas rectas.
Só tu me podes silenciar, a mão na boca
a sufocar-me o gemido.
Só tu podes engolir-me o grito,
num espasmo de prazer.
Abro-te o silêncio e o amor que vive na aceitação.
Vives. Pulsas. Explodes.
Sorrio-te.

domingo, 26 de junho de 2011

A minha lei

Esta ainda é a minha lei e continuará a ser: Arrepender-me apenas do que não faço. E esta é a minha única linha de continuidade.
Não sou contínua. Não sou linear. Não sou um ponto final. Não sou resignação.
Não sou conformidade, não sou fácil, não sou uma recta.
Eu sou um ciclo. Eu apenas continuo de onde parei.
Quando morrer, páro. Quando não tiver voz deixo de gritar. Quando me quebrarem, quando me vergarem.
Até esse momento eu sou eu.
Com tudo o que isso tem de branco e negro. E vermelho. E lilás.
Ama-me. Odeia-me. Despreza-me. Nega-me. Acolhe-me. Aceita-me.
Antes a solidão que a escravidão do ser. Antes o grito que a aceitação banal dos que se fingem.
Vergo quando perco as forças e caio no chão. Mas levanto-me. Reergo-me. Avanço. Apenas com a força da vontade.
Ainda não me quebraram os joelhos fracos. Ainda não me rastejam pelo chão. Não enquanto tiver força para respirar. Não enquanto me restar alguma dignidade.
Tudo o que quero é a memória de quem sou e a independência pequena que o trabalho das minhas mãos me traz.
Tudo o que quero é não precisar das mãos que nunca se estendem, das palavras que não se ouvem. Tudo o que quero é jamais precisar de quem
precisa de mim.
A vida tem sido puta comigo. Mas eu sou puta com a vida.
Querem caminhar caminhem a meu lado. Nunca comigo por uma trela. Nunca comigo com os olhos comidos pelo sal que me apagou a face.
As feridas do corpo saram. As da alma ficam marcadas a lume.
Sim. Termino onde começo. Em espiral. Eterna. Porque eu sou sempre a mesma. Sempre honesta. Sempre firme. Sempre os traços que me definem o rosto.
Não vaciles, amor. Não te movas. Não dês passos em falso. Mantém-te a meu lado. E eu manter-me-ei igual a mim própria. E isso é tudo o que posso prometer.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ciclo

A vida é uma sucessão de retrocessos,
avanços e recuos onde todas as histórias
são uma mesma história. Todos os erros,
um mesmo erro. Todos os homens,
um mesmo homem. Poeira de cinzas
do que foi um dia o meu coração.
Renasço, pura, cada dia mais autêntica.
Não me minto, não me invento, não me reinvento.
Sou apenas eu, na imensidão que leva a linha ao
ponto final. Quase me perdi de mim mesma
nos anos que antecederam a noite.
Lembras-me? O sorriso inocente, a alma
e os sonhos, os amanhãs, a ternura que oferecia
a cada alma, tão intensa, tão genuína.
A força que impelia e aos poucos o vórtice
de medo, de quebra, a angústia que apagou
os meus olhos dos meus olhos.
Lembras-me? Todas as máscaras,
o silêncio, o grito, eu que não duvidava
que podia mudar o teu mundo.
Eu que alterei a rota das tuas marés.
E um dia rendi-me. E os meus olhos
não viam. E as minhas lágrimas não eram
salgadas. E o meu coração deixou de ser
vermelho. E as minhas mãos deixaram de estar
estendidas. E eu deixei de reconhecer-me.
As palavras deixaram de curar as ranhuras
do meu destino. O rosto mudou.
Morri dentro de mim todas as noites.
Recupero, agora, as palavras.
As inocências, a ternura, as mãos abertas.
Curo-me. Acordo. Voo. Rasgo. Forço. Abarco.
Agarra-me.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Hino

Fs esta é toda para nós.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um dia...

Sufoco.
As pessoas esperam, anseiam, estabilizam-me.
Sufoco.
O excesso. O excesso de travessões,
palavras com que fujo à evidência do amanhã.
O cansaço que me verga as vontades e as febres.
Sufoco. Grito. Grito e estilhaço as máscaras.
Esta sou eu. Tão errada como sempre,
tão cheia de imperfeições, tão louca e aguda.
Um dia vou ser linear.
Um dia vou ser previsível.
Um dia vou deixar de ser mar e furacão e fogo.
Um dia não vou queimar.
Um dia vou deixar de prometer a mim mesma
que vai existir um dia.
Esta sou eu.
E eu sou a natureza, eu sou o espelho,
o horror, eu sou o espinho, o teu coração nu,
eu sou a cadência, o pulsar de um erro
perpetuado. Eu sou a inexistência de regras,
as asas abertas, o corpo em queda,
eu sou sempre eu, sempre igual, sempre fascinante.
Como fascinante é o veneno que nos faz alucinar.
Sufoco.
Um dia vou mandar tudo para o caralho.

domingo, 15 de maio de 2011

Será?

terça-feira, 3 de maio de 2011

As escolhas da PERCA - música Tuga de interesse parte II





sexta-feira, 29 de abril de 2011

As escolhas da PERCA - Janelle Monae

Fs está é para nós...

Repara

So you think I'm alone?
But being alone's the only way to be
When you step outside
You spend life fighting for your sanity

This is a cold war
You better know what you're fighting for
This is a cold war
Do you know what you're fighting for?

If you want to be free
Below the ground's the only place to be
'Cause in this life
You spend time running from depravity

This is a cold war
Do you know what you're fighting for?
This is a cold war
You better know what you're fighting for
This is a cold war
You better know what you're fighting for
This is a cold war
Do you know what you're fighting for?

Bring wings to the weak and bring grace to the strong
May all evil stumble as it flies in the world
All the tribes comes and the mighty will crumble
We must brave this night and have faith in love

I'm trying to find my peace
I was made to believe there's something wrong with me
And it hurts my heart
Lord have mercy, ain't it plain to see?

That this is a cold war
Do you know what you're fighting for
This is a cold war
You better know what you're fighting for

This is a cold....
This is a cold war
You better know what you're fighting for

KELLINDOOOOOOOOOOOO!

Do you know? Is a cold...
Do you?
Do you?

Is a cold ...
You better know what you're fighting for

Bye, bye, bye, bye
Don't you cry when I say goodbye




As escolhas da PERCA - Adele

Não conheço extensamente a obra desta senhora, mas esta música é genial :x

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A true Master




"A Master is not someone who merely revels in the benefits that he reaps from the power and control that he wields over his sub. A Master is not just an automaton who emotionally doles out orders and watches with amusement as his minions perform his bidding. A Master is not a person who only relishes the benefits that his superior status entitles him.
Certainly all of these characteristics could and often do exist within a Master. He may be demanding and at times selfish. He may genuinely enjoy and even be aroused by the power that he has over a sub. He may be able to expertly control his emotions, issuing his commands and enforcing his discipline with stone-faced determination.
But a true Master, a Master was so invested in his sub that he was actually in a way a slave himself. He was a slave to his love for me. He was a slave to his responsibility. He was a slave to the passion and the commitment. He was a slave to his overwhelming desire to protect his property at all costs. He was a slave to his slave. I knew without questions that he loved me so much he’d literally lay down his life for me. He owned me, and his ownership owned him"

Mais uma recolha vinda daqui

A incondicionalidade do amor

A minha maior tragédia foram todos os homens que pensaram amar-me sem terem sequer a mais pequena noção do que é o amor.
Que sabem eles do amor incondicional que torna as tuas lágrimas nas minhas lágrimas? A tua dor na minha dor? A tua angústia na minha angústia?
Que sabem eles do fluxo que me faz sonhar o teu semblante quando estás longe? As tuas palavras que se semeiam na minha espinha?
Que sabem eles, afinal, da mão que nunca se consegue levar ao rosto que não numa carícia de ternura? De todos os perdões, todos os adeus, todos os momentos em que soube com a certeza implacável do destino que aceitarei sempre toda e qualquer decisão que impelir os teus actos.
Quem ama, não espezinha. Não insulta. Não abandona. Não parte sem olhar para trás. Não esquece. Não apaga. Não pensa que está melhor sem o outro.
Quem ama saberá sempre que está incompleto. Que faça o que fizer o amor nunca irá morrer. Quem ama sabe que faças o que fizeres, digas o que disseres, o amor é apenas porque sim. Mesmo se o deixares a secar no meu coração, ainda assim, ainda assim, meu amor, ele voltaria a renascer para ti tão intenso como no primeiro momento que me entreguei.
Que sabem eles do amor, quando sorriem com o meu vazio, quando aguardam que tropece, que caia, que me quebre, que me descubra sozinha dentro do arremesso do futuro.
Que sabem eles do amor, quando desistem ainda nem amanheceu, partem sem querer saber se respiro, se a pele ainda se mantém inteira, cosida, remendada.
Que sabem eles do amor, quando tudo o que pensam é na perda, na ausência, na expectativa que seja infeliz, que me inunde em lágrimas e torpor?
Que sabem eles de mim?
Mesmo quando te forço a partir eu olho para trás e tudo o que vejo és tu.
Mesmo quando sei que me destróis, que te destróis, que chegámos a um ponto sem retorno, que ficas melhor sem o teu porto seguro, que precisas que te impeça de me teres, mesmo quando concluo que precisamos que termine agora, mesmo assim, tudo o que quero é que sejas feliz.
Ainda que sem mim. Ainda que a tua felicidade seja longe, eu estarei sempre perto, sempre a garantir que não tropeças, que não te inundas de lágrimas, que não estás sozinho, nunca ficarás sozinho enquanto respirar.
Ainda que não ouças a minha voz. Ainda que não vejas o meu rosto. Ainda que eu espreite o teu sorriso de longe e não me ouças chegar e não me vejas partir. Ainda que o teu sorriso se vista do meu vazio.
Ainda assim. Se sorrires irei sorrir, se estiveres feliz, o meu coração irá ter alguma paz, se te souber inteiro.
E continuarei a amar-te. Mesmo que estejas longe. Porque o amor não termina. Não tem um fim. Tem apenas reticências.
A minha maior tragédia é saber que ninguém entende o meu amor por ti porque na realidade, todos os que dizem amar-me jamais o fizeram.
Amar dói. Amar exige do coração. Amar é incondicional. Amar é perdão e continuidade. Amar é tempo. É história. É partir e regressar. É dar mesmo quando não se recebe. É sorrir mesmo quando queremos chorar. É abraçar-te mesmo quando me magoaste, mesmo quando está tanto frio aqui.
Não preciso que me entendam. Não preciso que me aceitem. Nem sequer preciso que me respeitem. Preciso apenas e tão somente ver-te feliz.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Príncipe

- Bela, Bela - murmurou ele. - Conquistaste-me tão seguramente como eu te conquistei. Nunca mais voltes a provocar-me cíumes. Não sei o que faria se isso acontecesse!
- Meu Príncipe - gemeu ela e beijou-o na boca, e quando viu a perturbação no rosto dele, ela cobriu-o de beijos.
- Eu sou a tua escrava, meu Príncipe - disse ela.
Porém, ele apenas gemia e pressionava o rosto contra o pescoço dela. Parecia desprotegido.
- Amo-te - disse-lhe ela.
Ele deitou-a na cama e, colocando-se ao lado dela, retirou o vinho da mesa de cabecereira e, observando o fogo, pareceu ficar pensativo durante um longo momento.


O despertar da Bela Adormecida by Anne Rice



“To let go of someone doesn’t mean you have to stop loving, it only means that you allow that person to find their own happiness without expecting them to come back. Letting go is not just setting the other person free, but is also setting yourself free from all the bitterness, hatred, and anger that you keep in your heart. Do not let the bitterness take away your strength and weaken your faith, and never allow pain to dishearten you; but rather let yourself grow with wisdom in bearing it.”

http://www.blogger.com/img/blank.gif
Encontrei este quote aqui

E é o que sinto. Tudo. O que sinto. E o que não sinto. I'm not letting bitterness take away myself with it. I'm just letting go. And I'm bearing it. Bear with me if you love me :)

As escolhas da PERCA - música Tuga de interesse parte I





Top 10 times in History when the use of the “f-word” was appropriate

1 “Scattered Fucking showers, my ass!” – Noah, 4314 BC
2 “How the fuck did you work that out?” – Pythagoras, 126 BC
3 “You want WHAT on the fucking ceiling?” – Michelangelo, 1566
4 “Where did all those fucking Indians come from?” – Custer,1877
5 “It does so fucking look like her!” – Picasso,1926
6 “Where the fuck are we?” – Amelia Earhart, 1937
7 “Any fucking idiot could understand that.” – Einstein, 1938
8 “What the fuck was that?” – Mayor Of Hiroshima,1945
9 “I need this parade like I need a fucking hole in the head!” – JFK,1963
10 “Aw c’mon. Who the fuck is going to find out?” – Bill Clinton

11 fs1 para fs2 "Your final work is a fucking ACP???"

terça-feira, 26 de abril de 2011

Para reflectir

“Because children grow up, we think a child’s purpose is to grow up. But a child’s purpose is to be a child. Nature doesn’t disdain what lives only for a day. It pours the whole of itself into the each moment. We don’t value the lily less for not being made of flint and built to last. Life’s bounty is in its flow, later is too late. Where is the song when it’s been sung? The dance when it’s been danced? It’s only we humans who want to own the future, too. We persuade ourselves that the universe is modestly employed in unfolding our destination. We note the haphazard chaos of history by the day, by the hour, but there is something wrong with the picture. Where is the unity, the meaning, of nature’s highest creation? Surely those millions of little streams of accident and wilfulness have their correction in the vast underground river which, without a doubt, is carrying us to the place where we’re expected! But there is no such place, that’s why it’s called utopia. The death of a child has no more meaning than the death of armies, of nations. Was the child happy while he lived? That is a proper question, the only question. If we can’t arrange our own happiness, it’s a conceit beyond vulgarity to arrange the happiness of those who come after us.”
— Tom Stoppard (The Coast of Utopia)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A escravidão do amor

Desperto.
Os olhos queimados de lágrimas ásperas que beijaram o coração
antes de se perderem na linha do rosto.
Tenho os pulsos amarrados à cama onde repousas à noite.
Observo-te, louca. Louca de amor e de pertença,
nua, entregue, rendida. Não há mais espaço fora do teu corpo,
não há outra pele, outro começo. Nada mais existe
para além do teu sorriso. És o perigo, a aresta, a inexistência
de limites, és o silêncio em que grito, és tu, sempre foste tu,
sempre serás tu, em mim.
Vejo-te respirar, imagino os sonhos que te inquietam o sono.
Dói respirar. Dói-me o amor que me rasga a pele,
que transborda para os lençóis, que escorrega para o chão.
Que inunda o quarto.
Nada mais tenho para te oferecer do que a minh'alma,
o corpo, nada mais tenho que eu mesma.
Incompleta. Partirás um dia. Em busca do outro lado
de ti próprio. Partirás um dia e isso quebra-me.
Imagino que terei a dignidade de não perseguir os teus passos,
que não aguardarei com a garganta sufocada que coloques os pés
nas pegadas que te levaram para longe e regresses.
Imagino o silêncio, o grito, o abandono.
Recordo os momentos em que não estavas. E sei,
que sempre soube que irias voltar. Nunca estiveste ausente.
Mesmo quando jurei a mim mesma não te conhecer.
Mesmo quando quis odiar-te com a mesma intensidade
com que te amo. Mesmo quando proibi os meus lábios
de proferirem o teu nome.
A linha do meu coração levará sempre aos teus lábios,
ao azul dos teus olhos. E menti. Menti a mim e a outros,
menti que não te amo, que não te quero, que não te desejo
com a intensidade da loucura. E com a mentira hipotequei
a dignidade, perdi-me de mim, fui outra, fui menos do que sou.
Finji-me, violei-me, virei-me do avesso.
Vejo-te e adivinho-te as ânsias. As perfeições. As imperfeições.
Estou amarrada às tuas pálpebras.
E hoje assumo o que sinto, o amor que tolda a visão,
que me dobra, me verga a vontade, a incondicionalidade feroz
do desejo, das minhas mãos na tua pele.
Não quero mais negar-me a verdade, o néctar
proibido que me fere os lábios.
Preciso que o tempo não corra. Que se eternize o momento
em que posso fitar-te, o semblante adormecido
a imobilizar-me a ternura.
Tudo o que sou. Tudo, meu amor. Tudo o que sou,
é teu. Até quando partires. Será sempre teu.
Escrava, boneca, puta, imensa, pequena,
frágil, intensa, maremoto, brisa,
menina, mulher, nua, a alma, o corpo, o coração,
tudo.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

As escolhas da PERCA

Recolhas num Music Box perto de si





quarta-feira, 20 de abril de 2011

What if I had a time machine?




Interrogo-me muitas vezes o que faria se pudesse voltar atrás no tempo.
Quais as escolhas que faria diferentes. Se evitaria de conhecer certas pessoas, se teria aprofundado certas amizades. Se ficaram palavras por dizer. E quais foram. Se poderia ter feito mais. E melhor.
Numa fase da minha vida angustiei-me profundamente a pensar nos caminhos e nas bifurcações. Pensei e repensei, vi-me em todas as situações que me marcaram, decorei as linhas que me levaram até elas.
Ainda hoje o faço. Muito menos vezes, é certo. Mas ainda o faço. Hoje concluo que não teria feito escolhas diferentes. Sempre escolhi com a ideia que estava a fazer a escolha certa. Se não tivesse feito as opções que fiz hoje não seria quem sou.
Este último ano cresci. Aprendi. Mudei. Reencontrei-me. E existe alguma paz dentro de mim. Sei que fiz o que pude pelas pessoas que amei.
Por vezes fiz mesmo o que não podia. Não guardo remorsos. Tentei. Fiz o meu melhor. Escolhi o que me parecia certo, caí e ergui-me muitas vezes.
Reconciliei-me com as impossibilidades. Ainda me assombram de tempos a tempos mas não me toldam os movimentos como no passado.
Ainda me recordo menina e sei que muitas pessoas abusaram da minha inocência. Ainda me lembro com ternura e nostalgia e ainda assim sei que quem era ainda sou hoje, mas hoje defendo-me melhor, não me pesam tanto os erros e os enganos.
Disse as palavras, dei os abraços que soube dar. Hoje, com as mesmas circunstâncias teria tido atitudes muito iguais. Agi conforme pude e conforme sabia e não o fiz com o objectivo de magoar ninguém.
Recordo-me que tinha incertezas. E as pessoas que me rodeavam me vendiam certezas implacáveis, linhas rígidas com que devia definir as minhas acções. Hoje, sei que tenho algumas certezas e que estava certa em muitas coisas e as pessoas estão perdidas dentro de si próprias.
Por isso deixei de ouvir conselhos que não me servem.
Cada vez mais não tenho medo e nada me impede de avançar. Cada vez mais as palavras não me assustam. Cada vez mais sou eu própria.
Sempre fui intensa. Nunca vou mudar. Ainda amo quem sempre amei e isso não vai mudar. Sempre fui impulsiva e quebrada. Isso também não vai mudar.
As únicas mudanças que operaram em mim foram para corrigir as rotas erróneas que me afastavam do meu Eu.
E ainda assim há momentos em que o Sol é tão claro, que me pergunto se estou a sonhar. Os olhos vêem mais hoje.
Estive submersa em dilemas e questões, em debates internos, em tentativas e erro. Mas foi o mais correcto. Precisava desses caminhos para chegar até aqui. Precisava tentar, precisava quebrar-me, precisava iludir-me, precisava descobrir a verdade.
Sei que poderia ter feito outras escolhas. Talvez tivessem encurtado caminhos. No entanto, apenas o sei porque não as fiz. Se as tivesse feito talvez o caminho fosse mais curto mas também talvez não me trouxesse com a aprendizagem necessária.
Amadureci. E gosto do que sou. Cada vez mais. Cada vez me sinto mais autêntica.
E ainda assim, sou tua. Porque escolho. Escolho dar-te a alma, o coração aberto. Talvez escolhas partir um dia. E se esse dia chegar sei que parte de mim morrerá para sempre. A parte de mim que apenas vive em ti.
Talvez o faças. Mas enquanto estiveres aqui, escolho ser tua. Todos os dias. Porque foi assim que me defini e hoje, fazes-me tanto sentido como me fizeste um dia, quando te aprendi.
Sei que ainda não te reencontraste e continuas perdido dentro de ti. Mas quero estar presente quando te encontrares. Mesmo que isso implique perder-te para sempre.
Hoje, sou mais eu. E tu fazes parte do meu Eu.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Para a S.

Questiono-me o porquê de as pessoas se sentirem no direito de fazerem reparos sobre a vida dos outros, a sua imagem corporal ou geral, as escolhas com que se definem.
Pessoas que se calhar também teriam assuntos que deveriam dar atenção.
Porque é mais simples apontar o dedo a alguém do que movermos a nossa vida no sentido que nos parece melhor? Porque a letargia é preferível a corrermos riscos? De nos desiludirmos? De doer?
Porque uma mão cheia de nada é preferível a dar um passo em falso?
E fazem-no com as pessoas que sabem à partida não vão ser tão desagradáveis como elas são. Se isso é aceitar e ser um cordeiro?
Não. Isso é guardar a revolta e ser melhor. Mesmo quando temos diversas coisas que poderíamos responder de volta. Porque esse é o caminho mais simples.
Essas pessoas não nos merecem o tempo que perdemos com elas. Lamentavelmente são a esmagadora maioria.
Encontra quem te aceite. Encontra quem te diga que a tua pele é de todas a mais perfeita. Encontra quem te diga que quando choras o seu coração se contrai. Encontra quem te diga que a tua angústia é a sua angústia. Encontra quem te deixe usares azul. Verde. Vermelho. Roxo. Preto. Encontra quem te ache linda de qualquer forma. Encontra quem te diga que sente a respiração falhar sempre que te vê nua. Encontra quem o faça realmente. Encontra quem compreenda os teus defeitos, quem abra o coração. Encontra quem te diga que tens o número de sotien ideal, que os teus lábios são a sua sede.
Se não encontrares não te contentes com menos que isso.

"Pretty pretty please, don't you ever ever feel.
Like you're less than fuckin' perfect.
Pretty pretty please, if you ever ever feel, like you're nothing.
You're fuckin' perfect to me!"

Pretty. Pretty. Please :)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Música na PERCA - Novidades

Deixo mais umas recomendações musicais :)





terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Música na PERCA - Update





terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Gilda Radner

"I wanted a perfect ending. Now I've learned, the hard way, that some poems don't rhyme, and some stories don't have a clear beginning, middle, and end. Life is about not knowing, having to change, taking the moment and making the best of it, without knowing what's going to happen next. Delicious ambiguity."

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Meninas a serem recolhidas por madrinha

domingo, 30 de janeiro de 2011

Red Riding Hood

Sinto o teu coração inverter as cores com que gravei as ideias,
as noções e a ternura. Expludo e impludo na ponta dos teus dedos,
na curva dos teus lábios, na curiosidade erótica da tua língua.
O mundo fora das linhas do ser deixa de ter regras, indefino a máscara
com que me oculto dos outros. Deixo-a cair a teus pés.
Esta sou eu. A raposa. A fada. E o capuchinho. Vermelho rubro
de paixão com que me devoras. Submerjo nas tuas palavras,
nos silêncios, nas partilhas e nas emoções.
No caos da identidade questiono e requestiono as ideias, as conclusões,
as imagens e os sentimentos. E unifico-me.
Abarcas-me inteira. Queimas-me a pele e a alma.



E quando menos se espera o mundo vira-se de pernas para o ar.
Ainda não concluí nada em particular à excepção que sentir invertido é não só divertido como vicia.
Aguardemos francas deliberações, fs's.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Dualidade

Sempre fui duas pessoas dentro de mim mesma.
Sempre senti dois sentimentos ao mesmo tempo, sempre racionalizei o que sinto, sempre pensei duas coisas distintas, sempre tive raiva e pena, amor e desprezo, atracção e repulsa, branco e negro.
Com o tempo habituei-me a ser dual e a reconhecer que as duas mulheres que vivem dentro de mim jamais se sentiriam ambas saciadas e que era preferível deixá-las sentir a espaços.
E assim os anos foram passando. Houve momentos em que a divisão do meu coração era tão notória que poderia ter amado dois homens distintos pelo simples facto que elas não pensam e não sentem da mesma forma.
Mas subitamente ocorreu-me que talvez as pudesse reconciliar, talvez pudesse abraçá-las a ambas, a malícia e a inocência.
E isso lançou-me em mais uma crise profunda de identidade. Não existem espelhos suficientemente grandes onde possa espelhar-me completa. Não existem pessoas suficientemente profundas que possam compreender e aferir as duas linhas de pensamento que me queimam por dentro. Ou existem?
Eu quero avançar, eu quero recuar. Quero ser eu, quero ser a outra, quero gritar, quero o silêncio.
Estranhamente há algo que me diz que se não for agora que as assuma a ambas nunca mais o poderei fazer. Perderei o que há de genuíno em mim que é a dualidade.
As pessoas. As que esperam algo de mim. Que esperam coerência e coragem, que esperam que os meus dedos não tremam.
E as outras. As que me dizem que preciso mudar. Que não compreendem que a mudança está a ocorrer a um grau tão intenso que é impossível para mim neste momento mudar algo mais. E mesmo que fosse, mudaria? Porque há em mim uma mulher que me diz que não. Não mudaria, não, pelos outros não. Porque o resultado que está à vista agora já foi alvo de mudanças que vieram de dentro.
O que eu preciso não é avançar. É recuar ao momento em que quebrei o coração em dois para sobreviver entre os restantes.
Ontem entrei para dentro. Não antevejo que vá sair de dentro do meu âmago nos próximos tempos. A solidão fala comigo de igual para igual. E hoje, ninguém vive dentro da minha solidão.
Ontem, pela primeira vez em muitos anos fui à fonte e voltei sozinha. E as asas abriram-se perigosamente perto do momento em que ia estilhaçar.
Estranhamente há algo de poderoso na ausência do teu rosto. Hoje acordei com a certeza que a tua partida me fez bem. Já não são as tuas mãos que me percorrem a pele antes do momento da queda.
As fronteiras que dividem o meu ser dos restantes estão cada vez mais definidas.
Sempre tive medo do dia em que ia ter medo de sentir. Esse dia chegou finalmente.
Preciso que me abandonem. Que não sintam afecto. Nem desejo. Nem ternura. Nem que queiram que os meus olhos fitem os seus.
Existe uma acalmia poderosa na inexistência de expectativas.
Tenho medo de sentir. De me apaixonar. De errar. De perder. De não ganhar. De ser eu. De ser ambas. De descobrir mais uma vez que a dualidade do meu ser assusta quem me rodeia.
Das possibilidades. Das incompatibilidades.
Tenho o coração ferido da mágoa. A alma quebrada. E talvez nunca mais me recupere.
Eu já fui duas dentro de mim mesma e essas duas eram unas.
Preciso voltar a ser eu. Preciso voltar. A ser eu.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Sangue das veias

O reencontro com o passado prova-me que noutras épocas fui muito mais aguda e acutilante.
Tinha palavras dentro de mim que rasgavam a penumbra e iluminavam a escuridão.
Atravessavam o comodismo, traziam consigo o sabor acre da verdade.
E hoje tenho o peito cheio de lágrimas e a voz vazia. As pessoas que amei deixaram-se a si próprias, despiram as suas peles e metaforsearam-se em cópias distorcidas de si.
Hoje, nada mais me sobra que o medo de ser eu mesma. Querem ensinar-me a paciência. O valor da cautela e da prudência.
E eu quero explodir, implodir, acabar com tudo, transformar o caminho em pó, não quero paciência, não quero ser cautelosa, não quero ter medo, não quero nada, não quero sequer sentir, quero a acalmia que antecede o vulcão, quero não querer.
E os que partiram, voltam a espaços, assombrar-me os sonhos e a aparente serenidade.
Onde estás, afinal? Que angústias toldam o teu sentir? Ela não sou eu. É um facto linear. É um facto tão linear que me dá vontade de rir até não restar em mim nada mais que a fúria do ridículo.
Se estivesses aqui dirias que compreendes a ânsia de quebrar tudo o que construo, apagar tudo, recriar-me, abster-me, lançar-me de um abismo. Se estivesses aqui dirias que te arde a pele da mágoa. Se estivesses aqui dirias imensas coisas e não dirias absolutamente nada.
Ela não sou eu. Nem nunca será. E tu nunca mais serás tu. Porque a tua imagem só existe quando sou eu que te apreendo.
Se estivesses aqui sei que não hesitarias em deixar-me cair, em atirar-me todas as palavras erradas.
E ainda assim onde estás desperdiças a poesia, a alma, o corpo, a pele, a ânsia, o degredo, o abismo por algo que te faz um qualquer sentido. E quando me invades a psique dizes-me apenas "Ela não é a Sílvia.". Não. Não é. Eu garanto-te que te atirava de um abismo, que havia de te rasgar até sangrares, até sentires.
Conheço-te perfeitamente as dúvidas e as angústias. As palavras desnudam-te a alma. Assim como a ausência de palavras.
Hoje é dia de me atirar de um abismo e deixar o silêncio engolir-me. Hoje não estás aqui para me vigiar a queda e garantires que a última coisa que ouço é a tua voz.
Hoje não estás aqui. E no entanto, as veias pulsam-te devagar, algures onde estás. E sabes que hoje é dia de nos atirarmos para um abismo.
Chega de paciência. Chega de pensar. Chega de prudência. Chega de sorrisos e gargalhadas. Hoje chega. E o abismo lá em baixo a chamar por mim e a loucura a assomar-se. E eu aqui. Suspensa.
E tu, algures a sentir de forma distorcida. Se estivesses aqui dirias: "Ainda me vês?" Sim, ainda te vejo. E essa seria a imagem que teria na altura da queda.
Não esperes que alguém te compreenda. Ninguém o fará. Não esperes que te observem enquanto sentes o ar a passar-te no rosto e as asas a abrirem-se no preciso momento que julgas que irás terminar tudo. Não esperes que empatizem com a necessidade de destruir e no caos reencontrar o equilíbrio. Não esperes que ela seja eu. Nunca será.
Eu não espero.
Mas por hoje, não serei paciente. Nem certa. Nem terei medo das palavras e da dor.
Hoje vou lançar-me num abismo até sentir as asas a abrirem-se no momento que antecede o fim.

domingo, 16 de janeiro de 2011

As Escolhas da Perca - Olive (Upgrade)

Porque é que já não existem bandas assim?
Para os que reclamam a falta de esperança...

"When their love was all but lost at sea
Quite unable to be seen
In the depths of their subconscious minds
There was something evergreen."




Lo Siento

As escolhas da Perca - The Rasmus

"They say
That i must learn to kill before i can feel safe
But I
I rather kill myself then turn into their slave "

O dia em que te deixei partir

Finalmente. Deixaste de me habitar a retina e de me correr nas veias. Sinto-me bem mais leve desde que a tua imagem me desapareceu da memória. Hoje és apenas espectro, igual a tantos outros, e já nem a vontade de te invocar me resta.
Sem motivo aparente, no entanto, deixei-te partir. Levaste contigo a angústia que trazia no peito há tanto tempo. Sem ti voltei a ser eu, e não há nada na vida melhor do que poder ser fiel a si próprio.

Fica apenas uma dúvida: foi a ti ou a mim mesma que eu perdoei?




sábado, 15 de janeiro de 2011

Sufoco

Mesmo quando desenho os caminhos, abro as janelas e deixo o pó sair, mesmo quando o sol brilha, mesmo quando chovem poemas, mesmo quando estou nua, mesmo quando a alma é um espelho, mesmo quando grito sem parar, mesmo quando os pensamentos são de tal forma agudos que rasgam a pele e nascem pelos poros, mesmo quando há tanta coisa a ser dita, mesmo quando a solidão é tudo o que resta, mesmo quando a esperança é um risco que não sei que quero correr, mesmo quando as palavras não chegam, mesmo quando sou transparente, mesmo quando sou branco e negro e vermelho e lilás, mesmo quando aponto a direcção do fim e do princípio, mesmo quando expludo e impludo as pessoas não fazem a mínima ideia da forma como sinto, das regras que regem o meu coração, dos ambientes da minh'alma.
Sinto-me sufocar.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Variáveis

As variáveis que nos ligam a outros seres que nos são relevantes. Objecto de infinitas deliberações entre fs1 e fs2.
Existem diversas linhas, diversos pontos de interrogação e exclamação. Mas penso que podemos reduzi-los a 3 dimensões. A componente emocional, a física e a intelectual.
Poderemos de facto, apaixonar-nos por alguém que emocionalmente nos é distante? Apenas porque fisicamente nos apela? Ou poderemos desejar intensamente alguém apenas porque intelectualmente nos estimula? Sinceramente, acho que sim. Temporariamente, pelo menos.
Num momento.
Mas e numa relação? Que pretendemos que dure mais do que a efusão inicial? Poderemos fazer nascer uma atracção física dum relacionamento emocional e intelectualmente intenso? Mesmo que ela não exista de todo? Porque eu já vivi isto e não consegui.
Idealmente, as 3 componentes deveriam existir pelo menos de forma mediana sendo que possivelmente existirá sempre uma que irá sobrepor-se e evidenciar-se. Mas e na prática?
Quando falo de atracção física logicamente que não estou presa a estereótipos de beleza comum e estática. Para mim a atracção é a fome de pele, a fome de toque.
E quando existe fome de pele e depois não existe estímulo intelectual? Por experiência o que concluo é que a fome desaparece ou mirra com o tempo, sem alimento emocional que atice um fogo facilmente extinguível.
O que nos leva à encruzilhada, se uma relação não tem as 3 componentes, e quase sempre não tem, qual é a sacrificável? Se não existir sequer uma chama física vamos ter dificuldade sequer em relacionarmo-nos com a pessoa, o que irá impedir o desenvolvimento de um genuíno laço emocional. No entanto, se não existir alimento intelectual a parte física começa lentamente a morrer (pelo menos para mim). E se existirem as duas, nem sempre as pessoas têm a paciência/engenho/complementaridade para criar um laço emocional que as sustenha.
Quando pondero sobre isto a verdade é que todas as minhas relações falharam porque não existia uma das componentes. Ou porque não era

suficientemente forte.
E quanto mais pondero mais concluo que é assim com todas as pessoas.

E depois existe o amor. Que é isto e mais. Motivo para toda uma nova deliberação que não irei fazer hoje.
E as variáveis. As que nos impelem. E as que nos repelem. As dinâmicas de relação com os outros. As linhas que se tecem à nossa volta e que muitas vezes nos sufocam.
E se uma parte de mim me diz que existe algures uma pessoa que irá reunir as 3 componentes há outra que me garante que é praticamente impossível.
E ainda outra que me recorda que nem mesmo quando todas estão juntas isso é garantia que 1 - a relação dure; 2 - as pessoas sejam complementares; 3 - se vá ser feliz.
Agora perguntem-me como se cria um laço emocionalmente forte com alguém que não nos é compatível? Não faço ideia. Mas acontece.

O que me traz à conclusão fatal que me foi dita: as 3 componentes it's once in a a lifetime. E agora terás que sacrificar algo porque é possível ser-se feliz apenas com 2. Mas eu sou mais teimosa que isso. Não só não sou feliz apenas com 2 como hei-de garantir que once in a lifetime é uma ideia de merda.
O amor é mais que isso. E eu hei-de agarrá-lo um dia.

sábado, 8 de janeiro de 2011

As Escolhas da Perca - Kanye West

"I can't keep myself, and still keep you too" - Não será sempre assim?

As Escolhas da Perca - Morgan Page

:)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

As Escolhas da Perca - Garbage

:)

 

a perca © 2008. Chaotic Soul :: Converted by Randomness