sábado, 15 de janeiro de 2011

Sufoco

Mesmo quando desenho os caminhos, abro as janelas e deixo o pó sair, mesmo quando o sol brilha, mesmo quando chovem poemas, mesmo quando estou nua, mesmo quando a alma é um espelho, mesmo quando grito sem parar, mesmo quando os pensamentos são de tal forma agudos que rasgam a pele e nascem pelos poros, mesmo quando há tanta coisa a ser dita, mesmo quando a solidão é tudo o que resta, mesmo quando a esperança é um risco que não sei que quero correr, mesmo quando as palavras não chegam, mesmo quando sou transparente, mesmo quando sou branco e negro e vermelho e lilás, mesmo quando aponto a direcção do fim e do princípio, mesmo quando expludo e impludo as pessoas não fazem a mínima ideia da forma como sinto, das regras que regem o meu coração, dos ambientes da minh'alma.
Sinto-me sufocar.

1 comentários:

fs2 disse...

Podes ter a certeza.

 

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