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Recrio-me em mundos paralelos. Uma vez. Outra.
Renasço. Morro. No passado. No futuro.
Ouço-me dizer-te que te amo. Que te odeio.
Que te quero. Que quero que te fodas.
Recrio-me e a alma foge do espaço-tempo
que é viver entalada entre dois minutos apenas.
Sorrio e choro. És cobarde. És genuíno. És
apenas um filho da puta. O mundo avança
e eu estou presa noutra dimensão, as asas erguidas.
Nascem crianças que são minhas e são tuas.
São a soma de nós dois. Do melhor de nós dois.
Crianças que são o que fomos, mas que são muito
mais. Crianças. Que amamos. E elas existem,
algures. Presas entre dois minutos apenas.
Recrio-me e as possibilidades são infinitas.
Às vezes morro-te nos braços.
Outras vivemos eternamente felizes.
Presos entre dois minutos apenas.
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