Está frio.
A mente rodopia nos braços do Outono.
Existe um mundo de verdades que brilham para lá da bruma.
Por segundos, a verdade parece tão clara. Tão óbvia. Tão minha.
Mas logo se esvai e deixa-me com a boca amarga de um beijo que não aconteceu. Um abraço interrompido.
Nos pontos de convergência de todos os pensadores, uma menina sorri.
Nas linhas que unem os pensamentos, no Inconsciente Colectivo que não conheço, nos efeitos, nas causas, nas consequências.
Ela sorri-me. Ela tem o segredo guardado junto do coração.
A verdade com todas as suas facetas é tão brilhante que me ofusca a visão. Sei que consigo vislumbrar algumas nuances. Mas nunca a verdade completa.
Porque a verdade completa vive na menina-deusa. Que sorri, belíssima. Imensa.
Aproximo-me. Estou tão perto... consigo ver os caracóis dourados. O sorriso inocente. A mente processa toda a informação e cede. Cede, eu sei que irá ceder, agora que estou apenas a um passo.
A menina-deusa sorri-me. Ela sabe que um dia vou conseguir alcançá-la. Ela sou eu. Menina.
O reconhecimento atravessa-me no preciso momento que o vejo. Debruçado sobre o pescoço dela. A beber-lhe o sangue. A amá-la. A matá-la. A violentá-la.
E a mente cede.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
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1 comentários:
Cheira-me que a menina-deusa anda a ser manipulada... :\
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