Momentos em que a solidão me sabe tão bem

Sei que sou persona non grata porque não compactuo com merdas nem com choradeiras do coitadinho.
Porque digo verdades na tromba das pessoas, porque rasgo, sou incómoda, sou expressiva, vê-se nos meus olhos e na minha sobrancelha erguida quando considero alguém com grave atraso mental.
Porque sou eu e recuso-me a ser diferente do que sou, porque me ergo, porque grito mesmo no silêncio, porque sou áspera e brusca e honesta e sincera.

Porque no cinza da noite sou uma explosão de lilás.

Pah..até diria que temos pena. Mas não tenho. Só quero mesmo que se f*dam todos. Mas longe de mim. De preferência.

Mas as pessoas tendem a morrer-me aos pés como uma onda que regressa, fétida e antiga. Por favor... não tentem mudar-me. Vão mesmo às vossas vidinhas. Metam as teorias no real. Só não me peçam que finja ser, eu própria, atrasada. Isso é pedir demasiado.

Às vezes a solidão sabe-me tão bem.