domingo, 7 de dezembro de 2008

Criança muda

Os homens assumem a coragem
de se atirarem dos tectos onde consumiram
a pertinência dos dias.
Voam. Esborracham-se. Apenas porque
podem. O esguicho de sangue atinge
a criança muda que aguarda o autocarro.
Ergue o olhar agudo para a incompetência
do velho que varre a rua, cansado.
Cheira a sangue. Mas ela não se importa.
Conhece os homens e os seus suicídios
perpétuos. Sorri. O cheiro a sangue
acalma-lhe a alma.

4 comentários:

Anónimo disse...

A sério voçes pôem estes poemas para me tirarem do sério lolol...

O cheiro do sangue acalma....
haveriam de estar presentes numa cirurgia para colocação de protese por exemplo... isso sim é q é giro.... cheira a "porco assado" a carne a ser cortada uma autentica serralharia...e claro as piadas dos médicos a cortarem e a perguntarem entre eles qual seria o almoço e q estão com vontade de comer carne de porco e afins...
Ou mesmo por alguem a chorar pela dor (fisica) que se provoca ...
Isso sim deveria acalmar já q é para um bem maior LOLOLOL...

Agora ver sangue as esguiçar olhar e dizer ... ya este cheiro acalma-me... já agora deixa lá fazer mais uns buracos para ficar mais pacifico....
Medo....

fs1 disse...

LOOOL
eu ainda morro hoje com a nossa caríssima XP ;) sê sempre bem vinda. fazes falta na PERCA.

o poema é mesmo meu ;) este e todos os que não têm indicação do autor. e sim, o que se pretende provocar é mesmo medo. e repulsa.

Anónimo disse...

O poema podia estar identificado ... eu reclamo na mesma... LOLOL

fs2 disse...

Habituem-se ao cheiro a sangue caríssimas, ou acham que no tráfico de rins só vão apanhar com o odor do álcool?
Andamos em onda sanguínaria!

 

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