Metade da equipa PERCA foi recolher esta gravidade:
O filme é extenso e pode ser dividido em duas partes semi-independentes: rendição e renovação.
Sarah chega a um local inóspito, uma terra que julga ser a perfeita antítese da sua forma de estar, da sua cultura e do seu âmago. E é nessa terra, na aridez da poeira e do sentir que irá encontrar o amor em todas as suas diferentes facetas.
Austrália toca em alguns temas sensíveis: o amor, a liberdade, a responsabilidade pelos que amamos, o papel dos feiticeiros indígenas, as diferenças culturais entre os diferentes grupos e destes com Sarah, o misticismo e o som.
Infelizmente não aprofunda nenhum dos temas em particular, apesar de ser um filme longo.
As personagens estão bem entregues, a interpretação dos actores é consistente.
Quando Sarah finalmente se reencontra, o filme dispersa-se noutra direcção. A segunda grande guerra e o papel de Austrália na mesma. Obviamente, só é transmitido o que de facto toca na vida dos personagens. Afinal, este é um filme que fala de amor e relações humanas.
Que evoluem como evolui a terra e as estações.
O final é tremendamente previsível. O que não lhe retira mérito.
As personagens renovam-se na perda da guerra, na dor da morte e na esperança da vida. Crescem. Aproximam-se.
Criam raízes na terra que é, por si só, também ela uma personagem.
Abandonámos o cinema com os corações mais leves. E apaixonadas pelo Jackman ;)
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
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2 comentários:
Eu Amei o filme, é um facto!
Mas que o Jackman contribui muito para esse facto...
Enfim o homem é tudo! Eu também ia para a Austrália, para o Egipto, para a China, até para o fim do mundo se lá encontrasse um homem destes ;_;
P.S: Neste momento já só ia para a América, recolher o Robert Pattinson
Acho que há vários aspectos a salientar no filme, a saber:
1) O membro omnipresente da equipa perca parece concordar que o importante da história, no fundo, é mesmo a presença do Jackman;
2)A Nicole Kidman, não obstante ser uma bonequinha de porcelana, cabe com muita dificuldade no ecran;
3) A criança asquerosa, para além de desertora, ia roubando o trabalho ao seu pseudo pai Drover. Depois de travar uma mana enlouquecida parece-me que estamos na presença de um Stopper;
4) O avô da criança asquerosa, especialista em fazer o 4, é uma personagem profudamente perturbadora e desviante. Já não bastava as ideias mirambolantes de por o miúdo em viagens espirituais que acabaram com eles presos, ainda se detecta no final que este ser possui duas bordas;
5) A existência de um humor profundamente sarcástico quando o mau da fita acaba abatido pelo velho aborígene, com uma lança sem qualquer credibilidade;
6) A Nicole Kidman não poder ter filhos parece ter o efeito de activar um determinado conjunto de heurísticas. Seria agradável que ela pudesse ter sobrinhos ou afilhados para que se deixasse de meter em apuros pela criança aborígene;
7) Depois deste ritual de iniciação, penso que estejamos abalizadas a ir recolher filmes independentes para o King Triplex.
Austrália numa palavra - MIRA!
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