segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Claymore e o ser-se humano

Terminei ontem a primeira season (julgo que será a primeira) de Claymore.

Durante o tempo que acompanhei a Clare na sua viagem, tirei algumas conclusões que embora já estivessem em mim foram Clareficadas :)

Para assassinarmos os monstros que assolam a humanidade, temos sempre que nós próprios ter algo de monstruoso. Temos que abdicar da nossa inocência e de parte da nossa humanidade.
Os olhos tornam-se de prata, tornam-se mais sensíveis às tonalidades das relações, dos erros, da infinidade de nuances que é o ser humano. Não há retorno nesse caminho.

Parte do nosso ser perde-se para sempre nessa transformação. Para derrotar-mos os monstros precisamos do poder do monstro que vive adormecido em nós. E quando essa utilização é excessiva, o monstro apodera-se de nós e consome-nos.

Não é assim a vida em sociedade? Não é assim quando caminho sozinhos numa multidão de pessoas? Expostos. Os olhos cada vez mais de prata. Todos nós somos um pouco menos humanos e um pouco monstruosos.
Simplesmente, uns nunca ultrapassam os seus limites. Outros sim. Alguns voltam. A maioria não. Perdem-se num mundo em que a humanidade deixa de fazer sentido. Porque o poder e o prazer são rápidos e intensos. Porque julgam ter tudo.
Menos a inocência.

Menos...a inocência.

1 comentários:

fs2 disse...

"Segues o teu caminho para a grandeza: agora, o que tem de dar-te a maior coragem é já não haver caminho atrás de ti.
Segues o teu caminho para a grandeza: aqui ninguém deve seguir-te furtivamente! O teu próprio pé apagou o caminho atrás de ti, e sobre ele está escrito: 'Impossibilidade'." - F. Nietzsche

 

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