O vento quebra-me a rectidão da coluna.
Porque as nossas urgências não são as urgências da urgência.
Porque a seguir à encruzilhada a tomada de consciência é uma inevitabilidade.
Escrevo ao som de Moby. Partilhado por FS2. Algures num espaço-tempo conseguimos converter o nosso inconsciente colectivo numa partilha, numa PERCA.
Em Dezembro encerra-se um ciclo de vida para, espero eu, se abrir o horizonte queimado.
Procuro-me nas palavras de Pessoa, nas palavras criadas, recriadas e perdidas. Procuro-me e (ainda) me encontro. Algures no caos da resposta.
Nunca precisei de muitos amigos. Sempre criei ligações mais ou menos fugazes com poucos indivíduos em quem confiava. Hoje, não resta uma única dessas pessoas. Interrogo-me. O que acontece às partilhas e ao material importante que damos, que confiamos, que oferecemos? Onde fica ele na vida de quem parte? As PERCAS já me pesaram no colo.
Hoje deixaram de pesar. O corpo habitua-se a tudo. E com ele, a alma.
Mesmo à ausência. Mesmo à ausência de uma ausência verdadeira, daquelas que doem.
Existem outras dores que tomam essas dores e as levam para a parte morta da mente.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
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