Este é o primeiro de muitos poemas que espero poder partilhar com vocês. Penso que não é segredo entre as FS'S que o Fernando Pessoa é o meu poeta de eleição. Deixo-vos a sapiência das suas palavras.
"A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.
Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,
Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim."
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentários:
reduzidos à redundancia
renovada repetição como batidas de rap
educados pela ignorancia
passado indefinido, futuro incerto
quem lança a roda e roda o pião?
de irmão para irmão,
d q serve a sebenta?
quem brinca na rua? a chuva? o vento?
- indignação
Enviar um comentário