terça-feira, 18 de novembro de 2008

Manto laranja

Oculto o rosto cansado
da fúria dos dias e das noites
mágicas. Ouço o canto
do vento e de Pan.
A tonalidade dos olhos castanhos
espalhou-se pela casa,
pela imensidão da inevitabilidade
do sonho.
O laranja da esperança
(não o verde, o verde
lamentoso e amargo)
e sim, o laranja, o laranja-adocicado
quase vermelho, quase paixão.
Sinto a mente fervente
de imaginação e ideias,
ideias ainda não maduras,
pequenas fadas por nascer.
Aproximo-me do piano empoirado
e ouço-O tocar.
Deito-me no piano para sentir a vibração
lenta. Visto um manto de
vento e laranja,
cubro-me e adormeço no piano
vibrante.

2 comentários:

fs2 disse...

FS1, a nossa poetisa :)

Anónimo disse...

faço das palavras da fs2 as minhas.
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mas neste poema...
deixo um abraço e um beijinho á musa mana.

que apesar de tudo,

''Oculto o rosto cansado
da fúria dos dias e das noites
mágicas. Ouço o canto
do vento e de Pan.''


gerou

''Aproximo-me do piano empoirado
e ouço-O tocar.''

puro miminho antes
de adormeceres

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piscar de olhos
horas, dias, viagens, magia
em que a minha ausencia
me condensa à demencia

nao sei como dizer, é o que sempre quis
saber apesar de tudo, ainda podes adormecer
(como é que se diz?)
- - feliz

*

 

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